O tribunal não encontrou provas do envolvimento dos autarcas no levantamento popular que impediu os funcionários da empresa ALPAVE (sediada em Lisboa, mas que laborava naquele concelho), de fazerem o carregamento da areia, propriedade das extintas minas da Minargol que a firma tinha adquirido.
O caso remonta a Abril de 1998, quando a população barrou a entrada dos camiões daquela empresa no recinto das minas, na altura em que iam retirar as areias que a ALPAVE tinha comprado através de licitação, em hasta pública, por o liquidatário judicial ter avançado para a venda, após o processo de falência das minas de estanho e volfrâmio, em Julho de 1997.
A venda do material provocou a ira dos populares, que acabaram por exigir o pagamento dos salários em atraso e das indemnizações dos 192 trabalhadores, bem como a retirada dos resíduos tóxicos ali armazenados e a selagem das crateras.
Na sequência da obstrução do trabalho, a empresa avançou com um processo para o Tribunal Administrativo, contra a Junta de Freguesia, pedindo uma indemnização de 17 mil contos pelos prejuízos causados.



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Murça exige selagem das minas de Jales

Regresso em Fevereiro 2001