O Ministério das Finanças anunciou hoje a recomposição dos órgãos sociais da Caixa Geral de Depósitos (CGD), substituindo o actual presidente do conselho de administração, Vítor Martins, por Carlos dos Santos Ferreira.

Carlos Jorge Ramalho dos Santos Ferreira, \"um gestor com larga experiência em grandes grupos empresariais e do sector financeiro\" transita da direcção da seguradora Fidelidade Mundial para a direcção da CGD, refere o Ministério, em comunicado.

Vítor Martins abandona a presidência do grupo que dirigiu desde Setembro de 2004, tendo substituído António de Sousa e Luís Mira Amaral, que eram respectivamente presidente do conselho de administração e presidente da comissão executiva, segundo o anterior modelo de gestão da CGD.

Outra saída de vulto é a de João Freixa, ex-presidente da Euronext Lisboa, que abandona o cargo de vice-presidente do banco público.

Uma das entradas é a de Armando Vara, que foi secretário de Estado da Administração Interna no Governo de António Guterres, tendo saído do Executivo aquando da polémica acerca da fundação para a Prevenção e Segurança.

Por outro lado, mantém-se no cargo Celeste Cardona, ex- ministra da Justiça no Governo PSD/PP, cuja nomeação para vogal da CGD gerou algumas críticas.

Além da mudança de composição, o conselho de administração foi reduzido de 11 para nove elementos, com várias saídas e entradas.

Saem da CGD o presidente Vítor Martins e o vice-presidente João Freixa, bem como os vogais António Vila Cova, Luís Alves Monteiro e Gracinda Raposo.

Entram para vogais Francisco Bandeira, actual presidente da Caixa Leasing e Factoring, e Armando Vara, que desempenhava as funções de director-coordenador da CGD.

Mantêm-se António Maldonado Gonelha, agora como único vice- presidente, bem como os vogais José Santos Ramalho, Vítor Lopes Fernandes, Carlos Silva Costa, Celeste Cardona e Norberto Rosa.

A decisão foi tomada pelo Ministro de Estado e das Finanças, Fernando Teixeira dos Santos, \"na qualidade de representante do accionista Estado na instituição\", refere um comunicado enviado pelo Ministério.

Segundo Teixeira dos Santos, citado no comunicado \"uma liderança forte e uma relação com o accionista Estado assente na transparência, sindicabilidade e confiança são condições essenciais\".

\"Nos últimos meses, todavia, uma série de eventos e notícias a eles associados fragilizaram, objectivamente, a imagem interna e externa da actual administração bem como a relação de confiança que deveria existir entre ela e o accionista\", afirma o ministro.

\"Face a esta situação, tornou-se imperioso criar condições que permitam à CGD prosseguir com firmeza a sua estratégia\", acrescenta a mesma fonte.



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