O centro histórico de Vila Real é o palco para o ciclo “Artes de Rua” entre julho e agosto, que incluem 15 espetáculos gratuitos de teatro, circo e marionetas para estimular a vista ao património local.
A partir de sexta-feira e o dia 27 de agosto serão promovidos espetáculos de 15 companhias de Espanha, Itália e Portugal.
“A intenção é tornar a cidade atrativa e com propostas de programa para turistas durante todo o verão”, afirmou hoje, em conferência de imprensa, o presidente da Câmara de Vila Real, Rui Santos.
É um programa, acrescentou, para “os residentes do concelho e da região, mas também um cartaz para atrair visitantes”.
Rui Santos destacou que os espetáculos são de entrada livre e que se realizam ao longo de oito fins de semana.
O ciclo “Artes de Rua” combina dois programas, o “Arruada Ciclo de Artes de Rua” e o “Somos Património”, um projeto de programação em rede apoiado pelo Norte 2020 que tem como parceiros os municípios de Vila Real, Bragança, Espinho e Arcos de Valdevez.
“Com este programa procura-se, para além da fruição artística, promover a visita ao património arquitetónico do centro histórico da cidade”, salientou o autarca.
Os 15 espetáculos terão como palcos a praça do município, o largo da Capela Nova, o largo de São Pedro, a Vila Velha, o jardim da Carreira e o largo da Nossa Senhora da Conceição.
“Voltamos a apostar em espetáculos que saem à rua com o intuito de descentralizar e democratizar a cultura”, acrescentou Mara Minhava, vereadora do pelouro da Cultura.
As iniciativas são, frisou, para “todos os tipos de público” e algumas envolvem a comunidade ou dão destaque ao património artesanal e gastronómico local.
É o caso de “Covilhetes e Pucarinhos”, um espetáculo audiovisual que parte da recolha sonora e videográfica realizada pela Companhia Persona em companhia artística, tendo como inspiração o barro negro de Bisalhães e a tradição dos covilhetes, um salgado típico de Vila Real.
“Lúmen – uma história de amor” é um espetáculo de marionetas gigantes representada ao longo de um percurso que descerá a avenida Carvalho Araújo e culminará na raça do município, contando com 50 participantes da comunidade local, envolvidos no movimento, na luz e na música.
“Palaphita” do PIA - Projeto de Intervenção Artística dá o arranque ao ciclo de artes na sexta-feira, que termina, quase dois meses depois, com “Memória”, uma criação artística de Bruno Machado.
O orçamento deste ciclo de artes, que decorre às sextas-feiras e sábados de manhã, é de cerca de 80 mil euros.
Às propostas para estes meses, o diretor do Teatro de Vila Real, Rui Araújo, acrescentou o ciclo de cinema ao ar livre e o programa “Do lado do verão”, com concertos de Mário Lúcio & os Kriols com Nancy Vieira, Mallu Magalhães, Aline Frazão, Maro e Criatura, concertos que decorrem no exterior do teatro.
Decorrerá ainda o ciclo “Clássicos de Verão”, que trará para o ar livre um género musical (erudita) que habitualmente se ouve apenas em auditórios.
“Vila Real continua a ter uma oferta de programação artística durante julho e agosto que é, no mínimo, de quatro iniciativas por semana”, referiu Rui Araújo.