A nova área industrial de Bragança, inaugurada há mais de um ano pelo presidente da República, continua fechada devido a imposições legais e a um assalto às infraestruturas elétricas, disse hoje o presidente da Câmara, Hernâni Dias.

“As infraestruturas elétricas da zona industrial foram todas vandalizadas, roubaram-nos tudo e neste momento está-se a proceder à reposição do material”, contou à Lusa o autarca.

O assalto ocorreu “há alguns meses” e “o material está encomendado para se conseguir fazer a reposição de todas as infraestruturas para que possa a EDP fazer a ligação elétrica”, segundo o presidente da Câmara.

Trata-se de uma expansão da zona industrial de Bragança que se estende por mais de 30 hectares e disponibiliza 46 lotes naquela que foi batizada de Área de Acolhimento Empresarial e inaugurado pelo presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, em julho de 2018.

Os novos lotes empresariais estendem-se pela nova avenida batizada com o nome do antigo presidente da república, Mário Soares.

O atual chefe de Estado, Marcelo Rebelo de Sousa adiantou, na inauguração, que pretendia regressar a Bragança dentro de “dois, dois anos e meio, se não for antes, pela calada, para ver como estão as obras e ver a concretização daquele projeto”.

O projeto de 3,4 milhões de euros pouco avançou e ainda não tem empresas a laborar, embora, segundo o presidente da Câmara, estejam já adjudicados sete lotes.

O autarca explicou à Lusa que, depois da inauguração, o município teve de desenvolver o processo “obrigatório de “aprovar regulamentos, fazer a avaliação de todos os lotes através de um perito certificado, levar tudo a reunião de Câmara e à Assembleia Municipal”.

Seguiu-se um concurso para ser possível alienar os lotes, e “desse concurso resultou a adjudicação de sete lotes”.

Concluído este processo que se arrastou por meses, houve o assalto e a vandalização das infraestruturas elétricas que obrigou à reposição do material.

O presidente da Câmara espera que “até ao final do ano” a situação esteja sanada para que possa ser feita a escritura dos lotes com as empresas que estão a aguardar por este processo.

“Não queiramos estar a fazer a escritura dos lotes antes de termos o problema da parte elétrica resolvido”, afirmou.

O propósito desta nova área empresarial é “a absorção de investimento privado no concelho, com vista ao desenvolvimento económico da região e à fixação de pessoas através da criação de novos postos de trabalho”.



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