O presidente da Assembleia Municipal de Carrazeda de Ansiães, Rui Moreira, defende honorários mais aliciantes para os deputados municipais, bem como a alteração da legislação que regula aqueles órgãos autárquicos. Objectivo alterar o clima de passividade quase total verificado no concelho.

As sessões da Assembleia Municipal de Carrazeda são habitualmente curtas e com pouco ou nenhum debate de ideias. As intervenções resumem-se praticamente ao período de antes da ordem do dia. A título de exemplo, a última reunião durou pouco mais de hora e meia, apesar dos nove pontos da ordem de trabalhos, sendo um deles o plano e orçamento para 2007.

\"Espero que 2007 seja mais vivo nas discussões\", desejou Rui Moreira, no fim da sessão, prometendo enviar aos deputados a documentação sobre os pontos em discussão, \"tão célere quanto possível, para que possam reflectir sobre eles e trazer para a assembleia discussões vivas\".

O presidente daquele órgão presume que a legislação também deveria ser alterada para melhorar a participação. Classifica-a mesmo de \"salgalhada jurídica\". Na sua opinião, deveria ser repensada a composição das assembleias, apontando o dedo aos presidentes de junta que têm ali assento por inerência do cargo que ocupam. \"Muitas matérias em discussão dizem respeito aos próprios interessados, o que conduz a uma certa promiscuidade\".

Por outro lado, Rui Moreira entende que os deputados municipais deviam ser aliciados por senhas de presença de maior valor. \"Com senhas de pouco significado, as pessoas não se empenham minimamente\", adianta, pelo que é a favor de honorários adequados para os membros das assembleias, de modo a que \"também lhes seja exigida uma participação mais activa\".

Por fim, Rui Moreira opina que se os partidos escolherem \"as pessoas mais interessadas e dinâmicas\" do concelho para ocupar os lugares da Assembleia Municipal, \"provavelmente haverá melhores discussões\". Admite que \"há gente boa\" naquele órgão autárquico de Carrazeda, o problema é que \"falta algum empenhamento\". Por isso, pediu mais para 2007.



PARTILHAR:

Candidatura à UNESCO.

Novo bairro de habitação social