A Rota do Património da Fronteira, que engloba vários monumentos portugueses e espanhóis, tem por objectivo potenciar a zona transfronteiriça transmontana através da dinamizando do Turismo Cultural.

Numa primeira fase, a Rota do Património da Fronteira, lançada ontem em Bragança, propõe a visita a 10 monumentos portugueses, de vários concelhos dos distritos de Bragança e Guarda e vários em Espanha. A proposta prevê visitas públicas a um conjunto de imóveis que cobrem um período cronológico que vai da Pré-História recente ao século XVII.

O projecto resultou da aprovação de uma candidatura transfronteiriça de cerca de um milhão de euros. Muitos daqueles monumentos foram alvo de intervenções com vista à sua requalificação. Na Domus de Bragança, as obras foram realizadas no âmbito de uma parceria entre a Câmara, o Ministério da Cultura, com o apoio da Caixa Duero, uma dependência bancária espanhola.

Foi aquele o monumento escolhido para fazer o lançamento da rota, pela secretária de Estado da Cultura, Paula Santos, que hoje continua o périplo pela região para visitar vários locais.

O objectivo da rota passa por \"potenciar\" aquele espaço de fronteira, dinamizando o turismo cultural, referiu a secretária de Estado. Paula Santos crê que se pode aliar o prazer de usufruir, com a conservação e preservação do património, e, a partir daqui, criar um conjunto de actividades económicas ao nível da restauração e da hotelaria, que poderão gerar postos e trabalho e investimento na região.

O turismo cultural é um segmento que apresenta taxas de crescimento positivo, pelo que a responsável da Cultura defende que é preciso dar \"sustentabilidade\" à rota, dando-lhe visibilidade.

Com aquela rota, a secretária de Estado diz que se pretende que as populações locais visitem o património, mas também que sirva para atrair turistas, que não passem pela região, mas que fiquem alguns dias. \"Se vierem e tiverem uma rota para visitar, vai aumentar a permanência na região e automaticamente vão ter de dormir e de comer\", afirmou Paula Santos.

A segunda fase consiste na divulgação da rota, o que já está a ser feito através do lançamento de folhetos e desdobráveis em várias línguas, divulgação na página da Direcção Regional da Cultura, e em circuitos que podem ser frequentados por turistas.

Já foi aprovada uma nova candidatura transfronteiriça no valor de 360 mil euros, que servirá para a intervenção física em monumentos.

Paula Santos apresentou, ainda, o projecto de ampliação e de requalificação do Museu Terras de Miranda, orçamentado em 1,5 milhões de euros e candidato ao Quadro de Referencia Estratégica Nacional, cujo actual edifício está degradado. Há dois anos chegou mesmo a ocorrer uma derrocada no telhado.



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