O presidente da Câmara de Sabrosa reiterou esta terça-feira que os grandes incêndios que deflagraram recentemente no seu concelho foram situações de fogo posto, provocadas "por um isqueiro e uma mão assassina".
No espaço de uma semana, o município do distrito de Vila Real foi assolado por dois grandes fogos, um no dia 13, que começou na zona de Parada do Pinhão, e outro que deflagrou na terça-feira em Vilela do Douro.
"Eu acho que não são coincidências, são pessoas que pegam o fogo, não há dúvida nenhuma de que essa treta de que foi o vidro, a garrafa, não é nada. Isto é o isqueiro e uma mão assassina que faz este tipo de habilidade e brinda todo o país com este tipo de situações", afirmou Domingos Carvas aos jornalistas, esta madrugada, na aldeia de Vilela.
O autarca considerou que "é uma vergonha" que se continue a "assistir impávidos e serenos a este tipo de situações".
Questionado sobre o que faz falta, o presidente apontou a "investigação" e "uma mão mais pesada da Justiça".
"Fazer com que as pessoas tenham algum receio e pensem duas vezes quando pegam num isqueiro para fazer uma habilidade destas", acrescentou.
O autarca disse ainda que este ano Sabrosa "já perdeu bastantes hectares" para o fogo, ao contrário do que aconteceu em anos anteriores.
Relativamente ao fogo que lavra na zona de Vilela, Domingos Carvas disse que a "situação está mais calma" e explicou que o vento acalmou e ajudou no combate às chamas.
"Pressuponho que durante a noite provavelmente teremos o incêndio resolvido", afirmou.
A situação mais preocupante viveu-se nesta aldeia, com a aproximação das chamas.
O autarca referiu que foi preparado um plano com vista à retirada de pessoas de casas da zona sul da aldeia, o que não veio a ser necessário.
"Desde que as frentes sejam dirigidas às aldeias temos sempre uma preocupação acrescida. De qualquer modo, estamos um pouco mais sossegados porque o vento e o fogo acalmaram", frisou.
O governante acrescentou que o "incêndio tem bombeiros a combatê-lo em todo o seu perímetro".
Há ainda mais duas frentes que lavram em direção a Gouvães do Douro e a Provesende.
Pelo terreno estão espalhados 200 operacionais e 60 viaturas. Foram ainda mobilizadas quatro máquinas de rasto para ajudar o combate a este fogo, que está a queimar mato e pinhal.
O alerta foi dado por volta das 15:00 de terça-feira.