Os consórcios liderados pela Somague e pela Soares da Costa apresentaram esta manhã propostas para a concessão da Auto-Estrada Transmontana. O projecto envolve perto de mil milhões de euros e os dois consórcios conseguiram fechar o financiamento com os bancos esta manhã, apurou o Negócios. A primeira obra que podia falhar por falta de dinheiro afinal avança.
O Ministério das Obras Públicas vai emitir um comunicado a confirmar o acordo.
Recorde-se que os concursos para as novas estradas estão a enfrentar problemas de financiamento, devido à crise generalizada que tem afectado o mercado financeiro.
A Transmontana, por ser a primeira, era um teste importante para o novo modelo de gestão e financiamento da Estradas de Portugal, até porque esta estrada dificilmente será rentável.
Aliás, os encargos que deverá representar para o erário público em toda a concessão, segundo os últimos cálculos apresentados pelo Governo, rondará os 460 e 583 milhões de euros, de acordo com as propostas apresentadas pelos dois concorrentes.
A Auto-Estrada Transmontana representa cerca de para cerca de 130 quilómetros de auto-estrada, a maioria sem portagens, com excepção do troço entre o Túnel do Marão e Vila Real e do lanço Bragança Nascente e Bragança Poente, que serão pagos.
A concessão foi lançada no dia 24 de Novembro do ano passado e inclui a construção do IP4 entre Vila Real e Bragança, além da exploração de 47 quilómetros, que compreendem o actual IP4-Amarante/ Vila Real, variante de Bragança e a ponte de Quintanilha.