A introdução de portagens na Auto-estrada Transmontana fará disparar os custos da Saúde no distrito de Bragança, alertou esta quarta-feira António MarçÎa, o presidente da USL do Nordeste, que transporta diariamente dezenas de doentes no percurso da nova via.

A dispersão das unidades hospitalares da região e a falta de especialidades obriga a deslocações diárias a nível interno, mas também de doentes a cargo da Unidade Local de Saúde (ULS) do Nordeste, responsável pelos três hospitais e 15 centros de saúde da região.

Os hospitais de Bragança, Macedo de Cavaleiros e Mirandela ficam todos no eixo da auto-estrada e o percurso é obrigatoriamente o mesmo para recorrer a outras unidades de saúde, nomeadamente de Vila Real e do Porto.

O contrato de concessão da Auto-estrada Transmontana ainda não prevê portagens, mas na região teme-se que a via venha a ser abrangida pelo pagamento, à semelhança do que está a acontecer em todo o País, concretamente com as antigas Scut (auto-estradas sem custos para o utilizador).

\"Obviamente que me preocupa, porque isso vai subir os custos significativamente\", afirmou, em declarações à Lusa António MarçÎa.

PUB
O administrador hospitalar realçou que Bragança dista de Mirandela 60 quilómetros e as deslocações mais frequentes são entre os hospitais destas duas cidades.

\"Para além dos que nos custa em gasóleo e toda a manutenção, a nível das portagens isso é preocupante. São custos que significativos\", acrescentou.

O presidente do Conselho de Administração da ULS ainda está \"optimista\" de que a nova via não venha a ter portagens porque não vê alternativa.

\"Que alternativa é que existe aqui à auto-estrada? A auto-estrada foi construída em cima do IP4, não estou a ver que haja alternativa, a não ser a auto-estrada. Penso que, não havendo alternativa, não deve haver portagens\", defendeu.



PARTILHAR:

Júlia Violante

«Suspensão preventiva»