Parte do equipamento eléctrico de aquecimento da Escola Secundária de Macedo de Cavaleiros está avariado desde o dia 22 de Novembro do ano passado, devido a uma fuga de água num circuito. Confrontado com a situação pelo Semanário TRANSMONTANO, no dia seis de Dezembro, o presidente do Conselho Directivo, Adérito Carabineiro, declarou que \"devido às obras avultadas que estavam a decorrer no sector de Biologia, que incluem a instalação do laboratório, com o respectivo equipamento, e uma nova biblioteca, não foi possível ligar o aquecimento da escola\" antes daquela data. O dirigente reconheceu que \"foi precisamente nessa altura que se verificou que o sistema não funcionava\". Então, a empresa que esteve a executar as referidas obras mandou ali um técnico, que, depois de se ter inteirado do caso, verificou que a avaria se localizava apenas num circuito. Concluiu-se que o bloqueio do sistema se devia \"à existência de uma fuga de água, sendo complicado ver onde a mesma se regista\".

Na altura, mais de metade da escola ainda tinha aquecimento. Mas a zona sul, mais próxima do sector em que decorreram as obras, não. Por isso, \"para tentar compensar a situação\", o Conselho Directivo decidiu manter ligado toda a noite o único circuito de aquecimento que estava a funcionar. Só que a situação manteve-se muito para além da data que Adérito Carabineiro apontava para a resolução da avaria. E agora a alegada sobrecarga de funcionamento, associada às baixas temperaturas da última semana, provocou a rotura total do sistema.

Segundo o presidente da Associação de Estudantes, João Gomes, \"o Conselho Directivo fez circular um comunicado que foi lido pelos professores nas aulas, a informar que terça-feira ou quarta tudo estaria resolvido\". Só que \"na manhã de terça-feira ainda houve aquecimento, mas à tarde já não houve\". Como é \"adepto do diálogo\", o dirigente associativo tem \"resistido à pressão dos colegas\", que lhe \"têm pedido para recorrer à greve\". No entanto, assegura que \"quarta-feira é o prazo limite\", data a partir da qual \"os alunos assumirão as medidas necessárias, incluindo a greve às aulas\", como forma de mostrar o seu descontentamento pela falta de aquecimento na escola.

Ao que o Semanário TRANSMONTANO conseguiu apurar junto de técnicos da empresa responsável pela resolução da avaria, a zona sul da escola já tem aquecimento desde a passada quarta-feira. Quanto à restante área escolar, foi detectada uma rotura em local incerto. Pelo que, até ser descoberta e solucionada essa fuga, não haverá aí aquecimento.



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