«Ele apareceu em minha casa e ameaçou-me. Depois disse que não ia haver eleições porque ele ia matar os dois, o Maximino e a Glória». Foi bastante nervosa que Maria Leónida recordou, ontem, no Tribunal de Vila Real, o momento em que António Cunha a avisou de que iria matar os dois opositores.

Horas depois, a 11 de Outubro do ano passado, o homicida cumpriu parte do seu intento e assassinou a tiro Maximino, marido de Glória Nunes, candidata à Junta de Freguesia de Ermelo.

«Queria obrigar-me a votar nele. O Cunha sabia que ia perder as eleições», continuou Maria Leónida.

Ontem , na segunda sessão de julgamento, foi ainda ouvido António Luís, que pertencia à lista de António Cunha para as eleições autárquicas e que desmentiu a versão do homicida. «Ele não tinha combinado encontrar-se comigo naquele dia, não sabia que ele ia à mesa de voto», explicou a testemunha.

Durante a sessão foram ouvidas várias testemunhas que confirmaram que o clima de conflito entre o homicida e a vítima existia há vários anos. Humberto Cerqueira, presidente da Câmara de Mondim de Basto, foi uma das pessoas ouvidas. «Toda a gente sabia que se davam mal», disse o autarca do PS.



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