A Cooperativa Agrícola Mirandesa (CAM) não comprou os cereais importados da Hungria pelo Governo português para fazer face às carências provocadas pela seca que assolou o país nos dois últimos anos.

De acordo com Fernando Sousa, secretário técnico da Raça Bovina Mirandesa, \"as quantidades obrigatórias de compra davam para alimentar os cerca de seis mil animais existentes no Solar da Raça Bovina Mirandesa, que engloba os concelhos de Miranda do Douro, Vimioso, Mogadouro, Macedo Cavaleiros, Vinhais e Bragança\".

No entanto, o avultado investimento constituía um risco, uma vez que o cereal poderia estragar-se e a CAM estaria a empatar um capital que ultrapassa as capacidades financeiras .

A CAM ainda tentou comprar uma pequena quantidade de cereal, mas, para o efeito, teria que negociar com uma terceira entidade, não sendo possível comprá-la directamente ao INGA. O processo tornar-se-ía ainda mais dispendioso, pelo que optou por continuar a comprar trigo e centeio directamente aos produtores da região e importar da vizinha de Espanha.

«O cereal da Hungria ainda faz falta.Durante o ano agrícola, são consumidos cerca de mil toneladas de cereais. Mas terá de ser adquirido a um preço mais económico, porque o poder de compra dos criadores é baixo,as explorações agrícolas são mais pequenas e o número de produtores está a cair drasticamente», acrescentou.



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