As crianças das escolas de Macedo de Cavaleiros assinalaram o Dia da Floresta Autóctone, na passada sexta-feira, com a plantação de pés de azevinho cedidos pelo Fundo para a Protecção dos Animais Selvagens (FAPAS) e com a elaboração de um trabalho alusivo a esta matéria.
Esta iniciativa simbólica teve como objectivo sensibilizar os mais novos para o problema da extinção desta espécie autóctone, usada como adorno na época natalícia.
O azevinho, com frutos vermelhos e folhas espinhosas verdes escuras, vive nas zonas montanhosas da Península Ibérica, sendo mais abundante no Norte. A sua utilização como adorno no Natal tem tirado esta planta do seu habitat natural, pelo que, na Europa, se encontra em perigo de extinção.
Trata-se de uma espécie protegida, mas a venda de ramos de azevinho é permitida por lei. No entanto, verificam-se algumas irregularidades, visto que não há nenhuma autoridade que fiscalize se a planta provém de cortes autorizados.
Por isso, é deixado um alerta às pessoas que gostam de utilizar o azevinho como adorno, para plantarem esta espécie no seu jardim, deixando, assim, de o colherem na floresta.
Recorde-se que este arbusto é de crescimento lento e de elevada longevidade, visto que pode viver durante 100 anos, e os seus frutos vermelhos amadurecem no Outono-Inverno. Esta espécie tem uma grande importância botânica, cultural e paisagística, mas também serve de refúgio e de alimento a muitas aves e mamíferos que vivem na floresta.