A Domus Municipalis de Bragança vai ser alvo de uma intervenção com vista à sua recuperação, isto ao abrigo de um protocolo de mecenato com uma instituição bancária espanhola.
O edifício classificado como Monumento Nacional encontra-se em mau estado de conservação, com diversas infiltrações de água que estão a danificá-lo. A Domus é um monumento único na Península Ibérica. Há mais de 30 anos que não sofria qualquer tipo de obras de recuperação. No entanto, o presidente da Junta de Santa Maria, Jorge Novo, vinha reclamando uma intervenção urgente desde 2002, mas o processo sofreu avanços e recuos quase sempre devido a dificuldades financeiras.
As obras, no valor de 30 mil euros, vão ser custeadas em cerca de metade pela Caixa Duero, que tem dois balcões instalados no distrito, o restante provem de fundos comunitários através de uma candidatura apresentada pelo o Instituto de Gestão de Património Arquitectónico (IGESPAR).
A intervenção vai arrancar no próximo dia 16 e tem um prazo de conclusão de três meses. As obras consistem na limpeza de granitos, tratamento do telhado, limpeza de madeiras, colocação de novas portas e ferragens, bem como a colocação de uma placa sinalética mais apropriada à zona histórica e a produção de um folheto de divulgação para os turistas.
O monumento está instalado na cidadela de Bragança, onde também estão localizados o castelo, a igreja de Santa Maria e o Museu da Máscara e do Traje. O autarca reclama o desenvolvimento rápido da gestão integrada da cidadela, fazendo uma pareceria entre todas as instituições ali representadas, criando um bilhete único, para todos os monumentos. O IGESPAR vai apostar na política de mecenato na região e procurar apoio para recuperar outros monumentos, designadamente o Convento de S. Francisco e a muralha de Miranda do Douro.