O início da construção da barragem do Tua foi adiado para meados de 2010, um ano depois da data prevista inicialmente. A EDP justifica com a necessidade de introduzir novos elementos no Estudo de Impacte Ambiental.

Os novos dados englobam, entre outros aspectos, informação complementar na área da ecologia e surgem como aditamento àquele processo, cuja fase de consulta pública só já vai ficar concluída até ao final do primeiro trimestre de 2009. Por seu lado, a emissão da Declaração de Impacte Ambiental deverá ocorrer até Julho do mesmo ano.

A EDP já informou os presidentes das câmaras dos concelhos, directa ou indirectamente, abrangidos pelo aproveitamento hidroeléctrico programado para a foz do rio Tua (Alijó, Carrazeda de Ansiães, Mirandela, Murça e Vila Flor).

O adiamento do processo não provocou reacções negativas nos autarcas que apoiam a construção. O presidente do Município de Vila Flor, Artur Pimentel, considera que é \\"normal\\", pois \\"para as coisas serem bem feitas levam o seu tempo a preparar\\". O edil de Carrazeda de Ansiães, Eugénio de Castro, opina que \\"os adiamentos nunca são positivos\\", no entanto, acrescenta, \\"os fundamentos desta decisão não põe em causa o projecto da barragem, nem o andamento das conversações entre as Câmaras e a EDP\\".

Por seu turno, o presidente da Câmara de Murça, João Teixeira, até classifica a alteração de datas como uma \\"medida positiva\\", pois vem de encontro aos interesses dos municípios envolvidos, que encomendaram um estudo para apurar o modelo de desenvolvimento possível para o vale do Tua, com ou sem barragem.

João Teixeira considera também que o alargamento dos prazos vai permitir elaborar \\"mais calmamente\\" o Estudo de Impacte Ambiental e, dessa forma, tomar \\"uma decisão mais próxima do consenso e que melhor defenda o desenvolvimento integrado do vale\\".

A definição da cota da albufeira da barragem fica agora adiada para meados do próximo ano, não obstante a dos 170 metros continuar a reunir melhores opiniões, por representar o alagamento de menor área agrícola (vinha e olival), bem como alguns acessos rodoviários. Apesar disso e nesse cenário, os últimos 16 quilómetros da linha ferroviária do Tua ficarão debaixo de água, situação contestada por José Silvano.



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