Dois novos projetos para a demência e deficiência parados em Bragança à espera de financiamento foram hoje visitados pelo porta-voz do PSD, Marco António Costa, que manifestou disponibilidade para ajudar a resolver problemas sem se comprometer com promessas. A Fundação Betânia tem há três anos pronto o esqueleto de um edifício para um centro dedicado exclusivamente a doentes com demências e o Centro Social e Paroquial dos Santos Mártires, uma academia com lar residencial para pessoas com deficiência que está pronta e permanece fechada por falta de comparticipação do Estado. Marco António Costa, que já teve no Governo a tutela desta área, vincou que são decisões que agora não dependem dele e por isso não fez promessas, apenas afirmou que trabalhará "no sentido de apoiar o Governo no trabalho que está a fazer de encontrar recursos para poder financiar estes equipamentos". O dirigente social-democrata referiu-se ao projeto para doentes com demências como "inovador" e admitiu que esta "é uma área que não teve nos últimos anos um especial enfoque de preocupação da parte dos poderes públicos". A Betânia necessita de dois milhões de euros para construir o edifício onde pretende criar um centro único na região dedicado exclusivamente a doentes com demência com apoio especializado que necessitará do triplo dos atuais 40 funcionários da instituição, como explicou a diretora, Paula Pimentel. Para o edifício, vai procurar financiamento no próximo quadro comunitário de apoio, mas o problema maior será o funcionamento com custos que as famílias não conseguirão suportar sem comparticipação do Estado. Marco António Costa indicou que "o Governo e representantes do setor social estão a trabalhar num novo modelo de organização que comece a tratar de forma estruturada, em resposta global os problemas da demência". Já a construção do equipamento é outra e enfrenta mesmo problema com que se depara a academia residencial para pessoas com deficiência do Centro Paroquial e Social dos Santos Mártires. O porta-voz do PSD lembrou que nos últimos anos construíram-se em Portugal mais de 600 equipamento, alguns dos quais sem se acautelar a questão do financiamento. Segundo disse, "o que está a ser feito pela Segurança Social é uma gestão mais eficaz dos equipamentos, um reforço das verbas destinados a acordos de cooperação e com isso, principalmente na área da deficiência, dar uma resposta com novos acordos de cooperação que permitam colocar esses equipamentos em funcionamento e garantir que finalmente possam abrir". O porta-voz e vice-presidente do PSD iniciou hoje em Bragança a primeira de um conjunto de visitas que pretende realizar até ao final de março por todos os distritos para ouvir as estruturas políticas do PSD, empresários, instituições da economia social e outros agentes locais. A ideia, explicou, é "captar informação que possa vir a ser útil para retransmitir ao grupo parlamentar e a muitos dos agentes políticos institucionais que têm necessidade de conhecer diretamente muitas das coisas que se passam no



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