O bispo de Vila Real anunciou que a diocese vai ajudar o Centro de Apoio à Vida, para grávidas adolescentes, e os refugiados, em especial, crianças e adolescentes, com o montante recolhido na renúncia quaresmal de 2017.

“Não basta levantar o dedo e denunciar os atentados à vida, é preciso ajudar as pessoas, necessitadas”, afirma D. Amândio Tomás, explicando a decisão de ajudar o Centro de Apoio à Vida da Santa Casa da Misericórdia de Vila Real.

Na mensagem quaresmal enviada hoje à Agência ECCLESIA, o bispo diocesano exorta os fiéis a “patrocinar” a causa que apoia não só na gravidez mas também na alimentação dos filhos de mães adolescentes, porque a vida é fundamental e “irrenunciável direito”.

A segunda “necessidade emblemática” que a Diocese de Vila Real vai auxiliar é a “tragédia” dos refugiados, em especial crianças e adolescentes, através da Caritas Diocesana, com a missão de ajudar os irmãos que “sem eira nem beira, batem à porta”.

“Que Deus nos ajude a minorar o sofrimento dos necessitados. […] Que Deus, que é Amor, vos encha de paz e consolação, vos confirme na fé e na prática das boas Obras de Misericórdia, para crescerdes, na alegria e obterdes a glória eterna”, escreve D. Amândio Tomás.

O bispo de Vila Real convida a diocese a ler a mensagem do Papa Francisco para a Quaresma 2017 – ‘A Palavra é um dom. O outro é um dom’ - sobre a parábola do homem rico e do pobre Lázaro “vendo, na palavra e no outro, dons de Deus e abraçando o justo modo de agir, na solidariedade”.

D. Amândio Tomás destaca que a “resposta ao outro e à palavra enriquece” e no diálogo “não há vencedores nem vencidos” mas enriquecidos porque são dois modos opostos de ver e de agir: “O de cultivar a relação com o outro, que salva e enriquece, ou o de ver a relação de amor e dom ao outro, como limite e agressão.”

No documento intitulado ‘Quaresma tempo de oração, fraternidade e comunhão’, o prelado assinala que Deus criou o homem e a mulher “para serem uma só carne e uma família”, por isso, o género humano “deve ser uma família alargada” na abertura e no diálogo e reflexo do mistério divino da Unidade.

“O pecado quebra a unidade, divide, gera aversão, inimizade e abandono, faz dos seres humanos inimigos uns dos outros, corta a relação valorativa e preferencial, com Deus e com o próximo”, desenvolve.

Neste contexto, o bispo de Vila Real alerta também para “a violência, a rejeição do cuidado e a indiferença” que colocam a sociedade em terreno resvaladiço, aberto aos desmandos, injustiças e atropelos à dignidade humana e à liberdade que “deixam de ser reconhecidas, por aqueles que perdem a consideração pelo outro e absolutizam e endeusam o interesse próprio e o dinheiro”.

D. Amândio Tomás deseja que a Quaresma “ajude a encontrar Deus, nos necessitados” certos de que Ele é acessível e “quer ser encontrado na palavra, nos sacramentos e no ser humano”.

Aos diocesanos pede que neste período de 40 dias, que começa hoje com a celebração de Cinzas, pratiquem o jejum, a oração e a esmola.

“Cada cristão verá aquilo de que se deve privar, tendo em conta as necessidades concretas dos necessitados, que vivem à sua volta, lembrando que os pobres são os preferidos de Deus, que quer ser reconhecido, servido e amado, neles”, acrescenta, na mensagem publicada online pelo Centro Católico de Cultura da Diocese de Vila Real.



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