O ex-bispo de Fall River, D. Sean O’Malley e a directora executiva do Centro de Assistência ao Imigrante de New Bedford, Helena Marques, são as figuras de 2002 no sueste de Massachusetts pelo jornal “Standard-Times”, de New Bedford.

Em qualquer dos casos e na perspectiva da comunidade portuguesa, a distinção é merecida. O bispo Sean O’Malley, um frade franciscano, chegou há dez anos a Fall River vindo das Ilhas Virgem, uma diocese com 30.000 católicos e orçamento de apenas $30.000 em 1984, conforme recordou o prelado. Em 1992, com a transferência do bispo Daniel Cronin para a arquidiocese de Hartford, a Santa Fé colocou O’Malley em Fall River e raramente terá feito escolha tão acertada.
Depois de Boston, Fall River é a maior diocese de Massachusetts, com dezenas de paróquias, escolas, obras sociais e cerca de meio milhão de católicos. Por outro lado, é uma diocese com várias comunidades étnicas: irlandeses, italianos, polacos, franceses, hispânicos, portugueses, brasileiros e cabo-verdianos. Sean O’Malley fala fluentemente português, bastou-lhe a facilidade de comunicação para conquistar as comunidades lusófonas e surgiu como “uma das mais brilhantes luzes na Igreja Católica na América”, acentuou o matutino de New Bedford.
Embora se encontre apenas há três meses na Florida, o seu nome consta da lista de potenciais candidatos ao arcebispado de Boston, sucedendo ao cardeal Bernard Law, que resignou o mês passado na sequência do escândalo de abusos sexuais. O “bispo Sean”, como é conhecido, tem recusado entrevistas desde que chegou à Florida, mas em Massachusetts muita gente pensa que é o homem para resolver os problemas da arquidiocese de Boston.

Helena Marques, 42 anos, que o Standard-Times proclamou mulher do ano no sueste de Massachusetts, foi distinguida pela cruzada em defesa dos deportados. Natural da ilha de Madeira, foi educada em New Bedford e trabalha há longos anos no Centro de Assistência ao Imigrante, tendo-se tornado directora executiva em 1996.
Para além de ter sabido adaptar às modernas exigências uma agência fundada há 31 anos, Helena Marques empenhou-se pessoalmente na questão dos retornados, ajudando a criar um grupo intitulado WISH, que tem organizado vigílias e encontros com políticos, procurando persuadi-los a apoiarem a revisão das leis de imigração.



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