Informações Elementos da GNR e da Guardia Civil estão a trocar informações «quase diariamente» para tentar desvendar a origem dos vários furtos de cobre e chumbo que se têm verificado entre a fronteira de Trás-os-Montes e a província de Ourense, na Galiza, que até já envolveu a participação de elementos portugueses em operações, no terreno, na região espanhola.
\"Não podemos intervir directamente na acção, mas de alguma forma apoiamos, já que em alguns casos os mesmos suspeitos têm inquéritos a decorrer em Portugal e em Espanha\", explicou ao DN fonte da GNR de Chaves. Acrescentou que a troca de informação com a polícia espanhola chega a ser feita diariamente, o que ilustra a \"boa articulação\" entre as duas forças e que resulta nas operações que a Guardia Civil tem feito junto à fronteira lusa, próximo de localidades como Chaves, Montalegre ou Vinhais.
Em causa estão os vários furtos de chumbo e cobre que aconteceram nos últimos meses em armazéns e obras de Ourense e cujo material, admitem as autoridades, tenha depois como destino o Norte de Portugal. Foi assim numa operação recente da GNR na zona de Chaves, em que cinco toneladas de chumbo, avaliadas em 34 mil euros, furtadas na Galiza, foram recuperadas em Outeiro Seco a um alegado receptador. O homem, 45 anos, foi detido e acabou por constituir uma nova pista para as autoridades. Isto porque também do lado português, nos últimos meses, há registo de mais de uma dezena destes furtos, alguns de \"grande dimensão\".
\"São grupos com organização e que por norma colocam este material no destino final ou então segue para derreter. Também temos o material furtado em Portugal e cujos receptadores estão na Galiza\", sublinhou ainda a fonte.