No próximo dia 20 de Agosto faz dois anos que o então Secretário de Estado Adjunto do Ministro da Administração Interna, Armando Vara, esteve em Macedo de Cavaleiros para testemunhar a assinatura do protocolo que comprometia o Governo a comparticipar com 90 mil contos a construção do novo quartel dos bombeiros voluntários locais. Já na altura foi referida pelo presidente da respectiva associação, José Mascarenhas, a necessidade de uma "solução urgente", tendo em conta o facto de o pequeno aquartelamento dentro da cidade "colocar alguns problemas ao tráfego". Pensava-se então que, com esta verba, mais os 71 mil contos obtidos com a venda das instalações em bruto, construídas contiguamente ao actual quartel, estariam criadas as condições para que nos meses seguintes (a Agosto) a obra fosse posta a concurso.

Porque tal não sucedeu, no dia 30 de Janeiro do ano passado, no final do almoço das comemorações do 77º aniversário da associação dos bombeiros, José Mascarenhas manifestou as suas preocupações relativamente ao arrastamento do processo referindo que "agora os bombeiros têm dinheiro suficiente para acabar a obra, o que não acontecerá se a demora do concurso for grande". Na ocasião, o anterior governador civil de Bragança, Júlio Meirinhos, prometeu empenhar-se para que, na reunião que iria ter na semana seguinte com o Secretário de Estado da Administração Interna, ficasse decidido avançar, ainda no ano passado, com a construção da obra. No entanto, só passado um ano, precisamente no dia 30 de Janeiro deste ano, é que foi aberto o concurso. Perspectivava-se então que a obra viesse a ser iniciada sete ou oito meses depois.

Certo é que as propostas das empresas concorrentes foram abertas no dia 28 do mês passado e só na terça-feira transacta é que foram analisadas pelo consultor jurídico do GEPI do Ministério da Administração Interna. De acordo com José Mascarenhas, o novo quartel, cuja empresa construtora só deve ser conhecida na próxima semana (desconhecendo-se portanto a data de início da obra), deve demorar dois anos a ser construído, pelo que, na melhor das hipóteses, só dentro de três anos é que os bombeiros poderão abandonar as precárias instalações de zinco da antiga Unamontes (actualmente pertencentes à Câmara Municipal), onde estão aquartelados.



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