Alijó é o segundo concelho do país com mais corporações de bombeiros seis. Mas nem por isso se orgulha de ter os soldados da paz instalados nas melhores condições.

Exemplo de quartéis a precisarem de remodelações urgentes, ou de novos edifícios, são os de Favaios e de Alijó. No primeiro não cabem as viaturas todas e a maioria \"dorme\" ao relento. No segundo, há humidade por todo o lado e não existem camaratas que possam usar esse nome. Projectos para novos quartéis já há, mas esperam que o Governo decida levantar a suspensão relativa à construção deste tipo de equipamentos.

Os bombeiros da sede de concelho são os que lutam, actualmente, com piores condições. \"Nem podemos dizer que tenhamos um quartel de bombeiros\", protesta o comandante da corporação, António Fontinha. As viaturas são recolhidas numa garagem que \"mete água por todo o lado\", criando condições para que os carros \"ainda estejam pior do que se dormissem na rua\". Por outro lado, não existem camaratas para acolher bombeiros do sexo feminino, cada vez em maior número. \"Fizemos umas adaptações que desenrascam no Verão\", nota o comandante.

Em estudo está a elaboração de um plano que juntará Ministério da Administração Interna, Câmara de Alijó e as direcções das corporações Alijó, Favaios, Sanfins do Douro, Pinhão, Cheires e S. Mamede de Ribatua. \"Estamos a estudar que tipo de intervenção iremos ter para resolver os problemas dos bombeiros\", esclarece o presidente do município, Artur Cascarejo.

António Fontinha reclama a \"união\" de todas as corporações do concelho, \"deixando de lado as capelinhas\". Uma união que deverá passar apenas pela junção de esforços, pois a criação de uma corporação única não deverá ser viável. Aliás, Artur Cascarejo sorri quando é confrontado com essa possibilidade, pois não vê jeito de isso poder acontecer.



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