As conclusões do estudo sobre o Ensino Superior realizado pela Comissão liderada por Veiga Simão, que abrem a porta à criação de «universidades politécnicas», foram bem aceites pela direcção do Instituto Politécnico de Bragança (IPB), que luta pela sua transformação em universidade há mais de 15 anos.

O presidente da instituição, Dionísio Gonçalves, considera que o IPB tem condições para ser uma universidade-politécnica e posteriormente ganhar o estatuto pleno de universidade, mesmo antes dos sete anos estipulados pelo estudo de Veiga Simão. Isto porque, sustenta, o instituto \"já cumpre, neste momento, os critérios de rigor\" que o estudo aponta como necessários para a criação de uma universidade, o que permitirá queimar etapas que outras instituições terão de percorrer.

\"O IPB tem as cinco escolas exigidas e três delas têm o número de docentes com grau de doutoramento necessário, além de que é o único politécnico que tem condições para vir a ser universidade-politécnica\", afirmou Dionísio Gonçalves.

Considera que o documento deixa uma porta aberta para a criação da universidade em Bragança, mas não esquece a promessa política que não foi cumprida. A criação da universidade em Bragança foi uma promessa de Durão Barroso, enquanto candidato a primeiro-ministro e depois como chefe do Governo. Em 2003, a Comissão Pró-Universidade reuniu cerca de dez mil assinaturas que subscreviam um documento em que era reivindicado o cumprimento da promessa. Nessa altura, a ministra da Ciência e Ensino Superior, Graça Carvalho, apontou o final de Setembro para uma tomada de decisão, o que não veio a acontecer.



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