Exposição retrata alguns dos protagonistas que lideram empresas ou instituições e que foram beneficiários dos apoios da União Europeia provenientes do “ON.2 – O Novo Norte” entre 2007 e 2013.

 

Foi inaugurada na passada sexta-feira no Centro Cultural Municipal Adriano Moreira a exposição itinerante “Rostos de um Novo Norte”, que conta também com o lançamento de um filme e a edição de um livro no conjunto da iniciativa.

Claude Médale, Egídio Santos e o já conhecido entre brigantinos, António Sá, foram os fotógrafos de serviço, encarregues de captar os rostos nortenhos que beneficiaram, direta ou indiretamente, com os fundos comunitários provenientes do Programa Operacional Regional do Norte 2007/2013 – “ON.2 – O Novo Norte”. Este instrumento financeiro de apoio ao desenvolvimento e à competitividade do Norte de Portugal, integrado no Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN) 2007/2013 e nos fundos da União Europeia destinados a Portugal, permitiu viabilizar um investimento a rondar os 3,2 mil milhões de euros no norte do país.

A título de exemplo, o financiamento concedido teve como prioridades a regeneração urbana, a requalificação dos centros escolares, a construção de equipamentos de proximidade, projetos empresariais de empreendedores e de entidades do ensino superior, ações de promoção do património natural e cultural, entre outros.

Mas porque o “ON.2 – O Novo Norte” não é feito só de números, nem de prioridades, surgiu esta exposição que visa retratar os verdadeiros protagonistas. Aqueles que efetuaram os investimentos, os beneficiários dos projetos que com os apoios da União Europeia prometem conduzir a região a um patamar mais dinâmico e competitivo.

“Esta exposição, juntamente com o filme e o livro, procurou marcar o ciclo de programação anterior, entre 2007 e 2013, que teve um impacto significativo na região e nós queríamos marcar este encerramento mostrando que resultados é que isso tinha tido na prática”, começou por explicar a vice-presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-N). “E em vez de optarmos por uma formulação mais comum, dizermos onde gastámos o dinheiro, quisemos apresentar as histórias por detrás da receção dos fundos”, continuou Ester Gomes da Silva, “e, por isso, pedimos aos beneficiários que dissessem o que é que os projetos financiados representavam para si, mas mais importante, qual o benefício desses projetos para a região”. “Esse foi o propósito e estes são os rostos”, concluiu a responsável do CCDR-N, sublinhando o cuidado que houve de escolher uma amostra diversificada de investimentos, bem como selecionar entre os beneficiários cidadãos anónimos entre caras mais conhecidas.

Já o presidente da Câmara Municipal de Bragança decidiu destacar a “satisfação” não só por Bragança acolher esta exposição, mas também por a região ter sido um bom exemplo no que à aplicação dos fundos comunitários diz respeito. “Esta exposição mostra que, de facto, houve um grande aproveitamento dos fundos comunitários no nosso território, fazendo com que a nossa região tivesse convergido ligeiramente para aquilo que são os níveis de desenvolvimento exigidos e que são os objetivos que se pretendem atingir com a aplicação dos fundos”, frisou o reeleito edil, Hernâni Dias.

Para António Sá, nada habituado a fazer retratos, este foi um desafio enorme que o próprio descreve como tendo sido "muito interessante". "Conhecer os projetos que estão por trás, os rostos que encabeçam estes projetos, sendo que alguns já os conhecia, foi, essencialmente, um desafio para fotografar as pessoas enquanto elas iam falando comigo e iam descrevendo os seus projetos", resumiu o premiado fotógrafo, cujo "desafio de interação", "mais que fotógrafo, passou por "conversar com eles e estabelecer uma empatia inicial para que depois o resultado fotográfico fosse o melhor possível".

 


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