Comemorações encerrarão a 20 de fevereiro com um concerto de Mafalda Arnauth no Teatro Municipal, logo após a sessão solene, onde serão homenageados o Superintendente Amílcar Correia e os irmãos Óscar e António Geadas.
A 16 de fevereiro, o dia foi de festa em Bragança. No centro histórico da cidade, mais precisamente, na Praça da Sé e na Praça Camões, milhares de pessoas reuniram-se em torno de uma celebração comum, o festejar dos 555 anos de Bragança Cidade.
Depois de uma manhã dedicada ao desporto, às crianças e às tunas da cidade, a tarde foi de festa rija com muita música e dança protagonizadas por 19 grupos locais e subidas ininterruptas no balão de ar quente fizeram as delícias de miúdos e graúdos que, em uníssono, já o dia terminava, cantaram os parabéns com champanhe à descrição e um bolo confecionado por 14 pasteleiros da nona cidade mais antiga do país.
“Esta iniciativa de comemoração dos 555 anos começou logo pela manhã com atividades de âmbito desportivo como uma caminhada, um prova de BTT, tivemos, também, um balão de ar quente que esteve ao serviço da comunidade e, entretanto, depois, durante a tarde, iniciou um programa de animação com o envolvimento da comunidade brigantina com imensos grupos, incluindo, também, grupos de estudantes radicados aqui em Bragança, por forma a que consigamos, no final, cantar os parabéns a esta magnífica cidade que tem dado provas que a sua história é uma história muito rica e onde muita gente já participou e queremos que continue a participar", declarou o presidente da Câmara Municipal de Bragança, momentos antes do cantar de parabéns ter lugar.
No entanto, as comemorações não terminaram no dia de sábado. “Hoje (sábado), foi o primeiro dia das comemorações, mas elas só terminarão a 20 de fevereiro, que é o dia em que a cidade comemora o seu aniversário. E vamos ter, também, um conjunto de iniciativas das quais posso destacar, desde já, o lançamento de uma publicação que tem a ver com o processo de investigação da história de Bragança, desde 1820 até às origens. Depois, haverá uma sessão solene, onde serão homenageados o Superintendente Amílcar Correia, que cessou funções há pouco tempo, e os irmãos Óscar e António Geadas, por terem ganho uma estrela Michelin, terminando as comemorações com um concerto da artista Mafalda Arnauth”, antecipa Hernâni Dias.
Questionado sobre o que ainda falta a Bragança, aquando da celebração dos seus 555 anos, o autarca brigantino confessa que “ainda falta muito”. “Falta, sobretudo, a capacidade do poder central olhar para Bragança como a grande cidade que é e ver aquilo que, efetivamente, nós temos vindo a reclamar, no sentido de poderem vir a ser concretizadas algumas infraestruturas que, ainda, nos fazem falta”, defende Hernâni Dias, referindo-se, em concreto, à “ligação a Espanha”. “Falta-nos, também, o investimento para desenvolvermos o aeroporto regional e falta-nos aquilo que eu diria que é o bem mais precioso de qualquer território, que é termos mais pessoas”, analisa o autarca da Câmara Municipal de Bragança, ciente que nem todas as potencialidades do concelho a que preside serão suficientes para atrair pessoas, caso não sejam implementadas “políticas de âmbito governativo que levem a que isso aconteça”. De acordo com o edil brigantino, “falta coesão territorial” e “falta vontade dos sucessivos governos, que não têm tido inteligência suficiente para olhar para os territórios do interior como estes merecem”. Apesar de todas as adversidades e de, inclusive, uma “descriminação negativa”, Hernâni Dias promete, “sempre que haja a oportunidade”, de lutar por “aquilo que entendemos ser necessário para o desenvolvimento do nosso concelho”.
