Mascararte subordinada ao entrudo da província de Ourense estreia em noite de quinta-feira com programa repleto de iniciativas.

 

Foi com a inauguração de duas exposições, “Introidos (entrudos) da Província de Ourense” e “Mascaretos”, a abertura do “Espaço Máscara”, a apresentação do Catálogo MASCARARTE 2013” e a conferência “Introidos da Província de Ourense” que arrancou na noite de ontem a VII Bienal da Máscara no Centro Cultural Municipal Adriano Moreira. A conferência foi ministrada por Fátima Braña, antropóloga e professora da Universidade de Vigo do Campus de Ourense, cujo papel na proposta do “Introido” como património cultural e imaterial da humanidade foi preponderante. “Estou encantada e que cidade mais bonita e que entrudo mais maravilhoso”, destaca a docente, na sua primeira visita a Bragança.
Este ano Bragança e “nuestros hermanos” de Ourense deram as mãos nesta iniciativa e decidiram subordinar o programa da Mascararte ao entrudo da província de Ourense. De tal forma que, na tarde de sábado, último dia da Mascararte, haverá um número significativo de pessoas que virão de Espanha para animar as hostes e ruas brigantinas.
“Queria agradecer a Bragança pelo fato de estarmos aqui e compartilharmos esta exposição. No sábado, traremos aqui o nosso “Introido”, o que é uma honra para nós. Só espero continuarmos a partilhar estas semelhanças como a máscara ibérica e que as pessoas realmente valorizem o que tem Bragança, Ourense e Vilariño e que mantenham esta tradição por muitos anos mais”, referiu a responsável espanhola, a Tenente Alcalde de Vilariño de Conso, Ourense.
Desde 2003 que o município organiza este evento e nota-se, cada vez mais, o envolvimento da comunidade e, sobretudo, dos vários agrupamentos de escolas, que desempenharam um papel importante na construção de vários mascaretos, sendo que essa colaboração também se estendeu a outras instituições.
“A Mascararte é uma iniciativa que queremos preservar e onde continuaremos a investir, por forma a que as nossas tradições não se percam”, afirma o presidente da Câmara Municipal de Bragança, Hernâni Dias. Segundo o edil brigantino, a máscara e os mascarados representam a nossa identidade ao nível do mundo rural nas já famosas festas de inverno e marcam o entrudo um pouco por todo o nordeste num período que começa agora e se prolonga até ao carnaval. Uma tradição que diz respeito não só ao concelho de Bragança como, também, de Vinhais e Macedo de Cavaleiros.
“Um programa recheado, com conferências, apresentações de livros, desfiles, exposições e, como não podia deixar de ser, os artesãos, que só vêm a enriquecer este evento”, assinala o autarca, que é um defensor acérrimo desta iniciativa.
O programa com a duração de três dias, de 3 a 5 de dezembro, só terminará no sábado pelas 18h00 com a “Queima do Mascareto” na Praça Cavaleiro Ferreira.
 

 



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