Na Cerimónia de abertura oficial da 15ª Feira Internacional do Norte em que esteve presente o Secretário de Estado Adjunto e do Ambiente, Hernâni Dias reclamou para Bragança o epíteto de Capital da Castanha.
Decorreu ontem ao final da tarde no Nerba a inauguração oficial da Norcaça, Norpesca e Norcastanha. Com dezenas de convidados, entre portugueses e espanhóis, o presidente da Câmara Municipal de Bragança abriu as hostes discursivas, reclamando para Bragança o estatuto de Capital da Castanha. Depois foi a vez do Secretário de Estado Adjunto e do Ambiente dirigir-se ao muito público presente.
De seguida, teve lugar a habitual visita aos cerca de 100 expositores que este ano ocupam o seu lugar na 15ª Feira Internacional do Norte. No final e em entrevista à comunicação social, o Diário de Trás-os-Montes questionou Hernâni Dias sobre a pretensão de Bragança ser a capital da castanha, ao que o edil respondeu que “já o é”. “O concelho de Bragança é capital da castanha, sem dúvida nenhuma. Se nós temos cerca de 50 por cento da produção daquilo que se produz na Terra Fria Transmontana, se nós temos as maiores áreas de produção, se temos mais produtores, se temos as empresas que trabalham o setor, temos uma instituição de ensino superior que faz a componente de investigação, pergunto o que é que nos falta para que possamos usar, de facto, este título? Não nos falta absolutamente nada”, retorquiu o autarca brigantino, procurando comprovar o peso de um setor que movimenta, sensivelmente, 100 milhões de euros por ano em Trás-os-Montes. “Quem tem produção e quem tem todos os meios tem que assumir, também, esta responsabilidade que é intitular-se como tal (capital da castanha”, finalizou Hernâni Dias, tomando a sua vez no palco central dos órgãos de comunicação social presentes o Secretário de Estado Adjunto e do Ambiente.
Depois de ter ouvido as preocupações do anfitrião do certame, que pediu ao Governo medidas concretas que impeçam uma das grandes ameaças ao setor, que é a entrada de castanha estrangeira na região, quer da Ásia, nomeadamente, da China, quer de outros países europeus, que invade o “nosso” território e que é vendida como se fosse produzida na região, e de ter escutado, também, as apreensões que “se arrastam há tantos anos” referentes à Zona de Caça Nacional da Lombada, José Mendes mostrou-se interessado em discutir alterações ao sistema de gestão, deixando a promessa de transmitir as preocupações à tutela.
“Levo a questão devidamente sinalizada para a colocar à minha colega, a secretária de Estado do Ordenamento do Território e Conservação da Natureza, porque entendermos que tudo que sejam ativos locais, recursos endógenos locais, devem merecer do Estado, o devido enquadramento para serem explorados no sentido da criação de valor na região”, asseverou o Secretário de Estado Adjunto e do Ambiente.
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