As pastelarias de Bragança foram desafiadas a criar um novo atrativo gastronómico e o resultado foi o pastel Brigantino apresentado hoje com a aspiração de se tornar no primeiro doce típico local.

Ao desafio da câmara municipal responderam 10 pastelarias com 13 propostas analisadas em provas cegas que elegeram aquele que foi nomeado o pastel Brigantino, designação já registada no Instituto Nacional da Propriedade Industrial.

O bolo obedece às condições definidas pela autarquia, confecionado com produtos locais, como o mel, a castanha e o azeite e, segundo garantem os responsáveis, “devido aos produtos utilizados e ao método de fabrico, a durabilidade do pastel Brigantino é superior à de um bolo convencional".

Acresce ainda que nas análises nutricionais “constatou-se que apresenta baixo teor de gorduras saturadas, uma vez que a gordura usada é o azeite” e “o valor nutricional é elevado, pois é preparado com farinha de castanha e com mel biológico do Parque Natural de Montesinho”.

As autoras do eleito foram as pasteleiras do estabelecimento D. Dinis, que vão partilhar a receita com as restantes pastelarias, onde o bolo estará à venda em Bragança.

Trata-se de um pastel de massa folhada e creme com castanha no topo que resultou de “várias experiências” que foram fazendo com os produtos que o município pedia, como explicou Alda Reigadas.

O pastel tem como base o mel, farinhas de castanha e amêndoa e azeite, o que “faz com que fique mais húmido e consistente e tenha mais durabilidade”, segundo Fátima Dias.

O desafio foi lançado às pastelarias, em 2018, pela autarquia “no sentido de criar um produto que fosse representativo daquela que é a identidade de Bragança, de acordo com o presidente Hernâni Dias.

A câmara assegura a promoção e marketing e vai adquirir 100 “Brigantinos” para que as próprias pastelarias possam oferecer e dar a provar aos clientes.

Nas comemorações do dia da cidade, a 20 de fevereiro, será o próprio município a oferecer o pastel a todos os convidados da sessão solene.

A autarquia espera que este doce se venha a tornar “num bolo identitário de Bragança” e a fazer parte da tradição local.



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