A Assembleia Municipal de Bragança aprovou, com os votos contra do PS, CDU e Chega, um orçamento para 2025 superior a 61 milhões de euros (ME), mais quase 14% do que o do ano transato.

Na ata da reunião de câmara que precedeu o plenário, datada de 2 de dezembro, é referido que o montante total proposto é de 61.255.000 euros, mais 13,90% do que o inicial de 2024.

Como projetos estratégicos foram destacados quatro - a construção de uma Cidade Desportiva, um pavilhão multiusos, o lançamento da segunda fase do ninho de empresas Brigantia Ecopark e a conversão do aeródromo municipal em aeroporto regional.

Sobre o último, segundo informação partilhada por Paulo Xavier, presidente da câmara, aguardam o parecer da Autoridade Nacional de Aviação Civil (ANAC) sobre o Plano Diretor Municipal.

O município de Bragança considerou ainda que o turismo é uma das alavancas da economia do concelho e apontou uma nova candidatura à Rede de Cidades Criativas da UNESCO.

No âmbito social, o município disse ter como intenção reforçar apostas em medidas de apoio social dirigidas para a população mais vulnerável.

Bragança optou por cobrar na totalidade 5% a que tem direito no Imposto sobre Rendimentos Singulares (IRS), mas optou pela taxa mínima de Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI), de 0,3%.

Na reunião de câmara, o orçamento e opções do plano para 2025 passou por maioria, com cinco votos do PSD e dois contra, do PS.

Na Assembleia Municipal do passado dia 13, disponibilizado em formato digital na internet, o documento passou por maioria, com 51 votos a favor e 12 contra, das bancadas do Chega, CDU e PS.

A bancada do Chega, pela voz de António Anes, justificou o voto contra por considerar que não estão vertidas no orçamento todas as dívidas e despesas, como com a Águas do Norte e o inacabado Museu da Língua.

O Chega disse que o orçamento é um “copypaste” dos anteriores e que “as pessoas não estão primeiro para o atual executivo”.

Já a CDU, por José Castro, disse não poder aprovar a proposta do executivo PSD por considerar que contraria “de forma flagrante os princípios de justiça social, sustentabilidade e e transparência” com que se identificam.

Luís Pires, do PS, foi mais abrangente e, no último orçamento deste mandato, afirmou que “todos se sentem defraudados” porque nem 20% as propostas do programa eleitoral foram cumpridas e houve pouca capacidade de inclusão de outras ideias.

Foto: AP



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