O distrito de Bragança terminou 2020 com menos desempregados face ao mesmo período de 2019, apesar de o desemprego global ter aumentado no ano marcado pela pandemia, segundo as estatísticas do Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP).

Os dados mensais publicados pelo IEFP relativamente a cada um dos 12 concelhos do distrito de Bragança mostram que, em 2020, sobretudo depois da chegada da pandemia a Portugal, se inverteu a tendência de decréscimo do número de inscritos nos centros de emprego verificada ao longo de 2019.

Ainda assim, e com um aumento global médio mensal de 150 desempregados, vários concelhos e o distrito em geral terminaram 2020 com o mês de dezembro a mostrar menos inscritos nos centros de emprego do que no período homologo de 2019.

Em dezembro de 2019, os 12 concelhos do distrito de Bragança tinham 4.190 desempregados, segundo os números oficiais, que mostram que no mesmo mês de 2020 eram 4.097.

Os concelhos de Bragança, Alfândega da Fé, Macedo de Cavaleiros, Mirandela e Mogadouro seguem a tendência geral de decréscimo no mês de dezembro.

Já Carrazeda de Ansiães, Miranda do Douro, Torre de Moncorvo, Vila Flor, Vimioso e Vinhais terminaram 2020 com mais desempregados que no final de 2019.

Freixo de Espada à Cinta manteve os números do desemprego próximos dos do ano anterior.

Os números mais altos de inscritos nos centros de emprego da região registaram-se nos meses de maio, com 4.737 nos doze concelhos, e em de julho, com 4.790.

A tendência de redução mostra-se, sobretudo a partir de outubro de 2020 e leva a terminar o ano com quase menos 700 desempregados em relação aos picos registados.

Bragança é o concelho mais populoso do distrito e também o mais afetado, concretamente a partir de maio, depois do primeiro confinamento total para tentar travar a covid-19, com 1.118 desempregados nesse mês, mais 245 em relação ao mesmo período de 2019.

O concelho terminou o ano de 2020 com 794 desempregados no mês de dezembro, menos 74 que no mesmo mês de 2019.

Alfândega da Fé é o único concelho que consegue ter menos ou o mesmo número de desempregados mensalmente ao longo de todo o ano de 2020, terminando no mês de dezembro com 205.

Freixo de Espada à Cinta sofreu poucas oscilações e terminou o ano com 196 desempregados, menos um que em dezembro de 2019.

Junho e julho foram os piores meses para o concelho de Vila Flor, com uma subida de cerca de 100 desempregados, número que estabilizou em dezembro em 296, mais 60 que em 2019.

Em relação aos restantes concelhos, Carrazeda de Ansiães tinha, em dezembro, 204 desempregados, mais 12 que no mesmo período de 2019, Macedo de Cavaleiros 432, menos 93, Miranda do Douro tinha 141, mais seis, Mirandela com 779, tinha menos 78 e Mogadouro tem menos cinco, com 286.

Torre de Moncorvo aumentou 22 para 353, Vimioso tinha 123, mais seis e Vinhais mais 59, passando de 229 para 288, números para os quais contribuíram, sobretudo os meses de maio e agosto.

HFI // ACG Lusa



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