Mais de 200 pessoas e 20 entidades do setor venatório marcaram presença no Hotel & Spa em Alfândega da Fé para aquela que é considerada a cerimónia mais aguardada do Clube de Monteiros do Norte.

 

Foram entregues no passado sábado, dia 25 de junho, os Prémios Clube de Monteiros do Norte (CMN). A adesão foi massiva e a cerimónia contou com casa cheia no Hotel & Spa em Alfândega da Fé. Foram mais de duas centenas as pessoas, entre associados e familiares, e mais de 20 entidades do setor cinegético a marcarem presença na cerimónia mais importante do CMN.

O objetivo da atribuição destes prémios é distinguir anualmente um Monteiro, pelo seu comportamento ético, pela sua postura e pela sua atividade na defesa e promoção da caça maior e conservação da vida selvagem, uma Zona de Caça, pela qualidade da sua gestão cinegética, e uma Matilha de Caça Maior, quer pela bravura, quer pelo empenho e dedicação no montear, assim como pela apresentação e trato do matilheiro e zelo no tratamento dos seus cães. Para além destes galardões, foram, ainda, entregues prémios por votação dos sócios para o Monteiro do Ano, Mancha do Ano e Matilha do Ano eleitos.

Recentemente, o CMN instituiu um novo prémio designado “Mérito CMN” e que é da inteira e exclusiva da responsabilidade da direção. Esta “honra”, atribuída pela primeira vez este ano, destina-se a distinguir uma personalidade ou entidade pelo seu relevante contributo para a promoção e desenvolvimento da caça, da caça maior em particular e da conservação da vida selvagem. O prémio Mérito CMN foi entregue ao ex-diretor do departamento de Conservação da Natureza e Floresta do Norte (ICNF) e atual adjunto do Secretário de Estado das Florestas e do Desenvolvimento Rural. “O setor da caça precisa de momentos como estes, momentos de alegria e afirmação para que a sociedade perceba o verdadeiro papel do caça e dos caçadores no mundo rural”, referiu Rogério Rodrigues, mostrando-se surpreendido com a distinção.
Ivo Lemos foi eleito o Monteiro do Ano. “Para quem vai a montarias, este é um reconhecimento dos pares de que há nesta pessoa, pelo menos, algum exemplo e isso é sempre bom”, afirmou o galardoado, que considera esta distinção “um motivo de vaidade”.

A Mancha do Ano premiada foi a de Fornos e Lagoaça, em Freixo de Espada à Cinta. “Esta distinção foi merecida, pois trabalhamos muito para este resultado”, declarou o representante da Associação de Caça e Pesca de Lagoaça, Pedro Lapo.

Já o prémio Matilha do Ano foi entregue à Matilha Flor do Monte de João Rodrigues que se mostrou visivelmente satisfeito com a distinção, confessando que é “uma motivação para trabalhar ainda mais e apresentar melhores resultados a quem me atribuiu este prémio”.

A Cerimónia Anual de Entrega de Prémios do CMN tem vindo a afirmar-se como um dos momentos altos da atividade social do Clube, envolvendo cada vez mais associados e respetivas famílias. Para o presidente do CMN, estes prémios são “por um lado o reconhecimento do mérito, do trabalho, da dedicação como forma de homenagear e motivar personalidades ou entidades envolvidas no progresso da caça e conservação da vida selvagem, por outro lado o prestígio alcançado por estes prémios reforça ainda mais o compromisso do CMN enquanto organização do setor da caça como exemplo de responsabilidade cultural, social e ambiental”. No final, Nelson Cadavez afiançou, ainda, que o CMN está a planear uma série de atividades para cativar crianças e jovens. “Estamos a trabalhar no sentido de chegarmos ao público mais jovem por via de ações de sensibilização e formação sobre as matérias de conservação da vida selvagem, sobre os benefícios que resultam da atividade venatória que é um instrumento fundamental de regulação e conservação da fauna selvagem. Nós temos obrigação de transmitir à sociedade em geral, e aos jovens em particular, de que esta é uma responsabilidade que todos temos”, sustentou o anfitrião da cerimónia.

Pela primeira vez, no âmbito desta solenidade, o CMN decidiu abraçar uma causa humanitária, apoiando uma Organização Não Governamental para o Desenvolvimento. A HELPO é um organismo sem fins lucrativos, que leva a cabo programas de apoio continuados, projetos de assistência, ajuda humanitária, desenvolvimento comunitário e educação para o desenvolvimento humano em múltiplos países, nomeadamente, Moçambique. Os monteiros e suas famílias mostraram-se solidários e desta campanha resultaram várias doações de material escolar, calçado e brinquedos, tendo, ainda, sido apadrinhadas várias crianças, o que vai permitir que frequentem a escola e lhes sejam asseguradas refeições.
 

 


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