A Avenida do Douro, uma das principais vias de acesso à cidade do Peso da Régua, foi cortada ao trânsito devido a um abatimento de piso e à derrocada do muro de suporte, informou hoje o município.
O presidente da Câmara do Peso da Régua, José Manuel Gonçalves, afirmou à agência Lusa que se pretende intervir o mais breve possível naquela via, que liga a Mesão Frio e Amarante, advertindo, no entanto, que será uma obra “onerosa e demorada”.
“Queremos repor a normalidade o mais rapidamente possível, sabendo nós que estamos a falar de um intervenção onerosa do ponto de vista do financiamento e demorada do ponto de vista físico, pela dimensão do próprio muro”, afirmou.
O corte da avenida fez-se, explicou, por uma questão de segurança depois de se ter verificado um abatimento no piso e a derrocada do muro de suporte naquela avenida localizada junto ao rio Douro.
A autarquia do sul do distrito de Vila Real informou hoje que, devido à derrocada do muro de suporte, procedeu ao corte de trânsito nos dois sentidos da Avenida do Douro, entre a Rotunda do Marquês e o entroncamento com a rua Augusto Vieira.
Já na segunda-feira, o município anunciou que, por questões de segurança, procedeu ao encerramento daquela avenida, do sentido Peso da Régua - Mesão Frio.
Em comunicado, o município explicou que, na sequência de um abatimento ocorrido na via, de dimensão considerável, foram feitos trabalhos de prospeção e verificação de condutas/aquedutos, que confirmaram a existências de várias anomalias nas infraestruturas de encaminhamento de águas pluviais, algumas das quais a cotas bastante profundas, o que dificultou a sua deteção.
“Temos estado a analisar as causas, identificaram-se várias causas e ontem [segunda-feira] começámos a ver uma cedência ainda maior, cortámos um troço da estrada num dos sentidos e, esta noite, houve uma derrocada do muro, agravando-se a situação”, explicou José Manuel Gonçalves.
Com a interdição da artéria, a câmara apresentou como alternativa para os veículos ligeiros a rua Augusto Vieira ou a estrada via Cederma.
Informou ainda que os veículos pesados que circulem em direção a Mesão Frio - Régua e Régua - Mesão Frio devem fazê-lo através de Fontelas - Oliveira - Granjão.
Já as viaturas pesadas que circulem em direção a Amarante devem optar pela alternativa por autoestrada, através da A24 e A4.
O presidente aproveitou para lembrar o Itinerário Complementar 26 (IC26), uma via há décadas reclamada na região para ligar os municípios nesta zona do Douro e resolver constrangimentos rodoviários, mas que nunca avançou.
“Sem dúvida que esta situação causa fortes constrangimentos à mobilidade e vamos ter que restringir muito o trânsito”, referiu o autarca.
José Manuel Gonçalves disse estar em contacto com a Infraestrutura de Portugal (IP), no sentido de conseguir um apoio técnico e financeiro para a intervenção.