A Câmara de Bragança contemplou hoje, com um apoio superior a 427 mil euros, as duas corporações de bombeiros do concelho pelos serviços que prestam no socorro e atendimentos.

O município oficializou os protocolos que anualmente garantem estes apoios às associações humanitárias dos bombeiros voluntários de Bragança e Izeda.

A corporação de Bragança, que serve a zona mais populosa da região, recebe 247 mil euros, e a de Izeda, sedeada na única vila do concelho, conta com mais de 83 mil euros.

A estes valores de apoios diretos, que somam mais de 330 mil euros, acrescem ainda as contribuições que anualmente o município atribui às corporações para pagamentos de seguros e a equipas permanentes, o que totaliza um financiamento anual municipal de 427.511 euros às duas corporações.

O presidente da Câmara, Hernâni Dias, salientou que estes momentos têm em atenções serviços específicos como a logística de apoio à descolagem e aterragem do avião da carreira aérea Bragança/Portimão, que mobiliza uma equipa de sete bombeiros da cidade.

O presidente da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Izeda, João Lima, reiterou mais um ano que “sem esta verba” não conseguiriam ter a porta aberta.

A pandemia fez disparar as despesas da corporação que serve parte do concelho de Bragança, mas também dos vizinhos Vimioso e Macedo de Cavaleiros.

Os bombeiros de Izeda fazem socorro e emergência, mas não têm um Posto de Emergência Médica (PEM), em que o Instituto Nacional de Emergência Médica (IMEM) disponibiliza a ambulância, três tripulantes e consumíveis.

A corporação faz o serviço e recebe do INEM o pagamento do transporte que, segundo o presidente da associação humanitária “não dar sequer para pagar aos tripulantes”.

Em Bragança, o presidente da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários, José Moreno, também considera “fundamental” o apoio municipal que “é sempre certo, vem sempre a tempo e horas e o município tem estado sempre atento às necessidades” da corporação.

A renovação permanente da frota é dos principais custos devido às distâncias que têm de percorrer e ao número de serviços.

José Moreno lembrou que recentemente reforçaram a frota com cinco viaturas novas, mas continuam a ter ambulâncias “com um milhão e meio de quilómetros”.

“Temos dias em que os carros andam seis mil quilómetros, Todos os anos, um ou dois têm de ser renovados”, realçou.

HFI // ACG Lusa, Foto: CMB



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