O presidente da Câmara de Chaves, Nuno Vaz, afirmou hoje que a conclusão da intervenção no Museu das Termas Romanas é "prioritária, crítica e decisiva", referindo que a obra tem de estar concluída até fevereiro de 2019.

Nuno Vaz, que assinalou hoje os 100 dias à frente da Câmara de Chaves, destacou a intervenção nas termas medicinais romanas, um monumento perdido no tempo há quase dois mil anos e que foi descoberto durante a construção de um parque de estacionamento subterrâneo, em pleno centro da cidade de Chaves.

Foi em 2005 e, ao longo destes anos, foram efetuadas as escavações que revelaram duas grandes piscinas, mais sete de pequenas dimensões e ainda um complexo sistema hidráulico de abastecimento às estruturas e que ainda hoje funciona.

Depois de concluída a fase de construção do edifício, que alberga o Museu das Termas Romanas, a autarquia vai avançar agora com o projeto de conservação, desumidificação e musealização do espaço.

O projeto de um milhão de euros foi elaborado pelo anterior executivo e terá de estar concluído até fevereiro de 2019 para não perder o financiamento comunitário.

Há, no entanto, uma polémica relacionada com a solução técnica encontrada para a resolução do problema de condensação, de humidade, já que as termas ainda possuem água quente.

"Nós não queremos contribuir para o ruído nem para a confusão porque entendemos que é um problema relevante que pode ser decisivo para a afirmação (...) de Chaves e desta região no contexto do turismo", salientou Nuno Vaz.

O autarca referiu que, relativamente ao novo projeto, cuja empreitada já foi adjudicada e que aguarda visto do Tribunal de Contas, "a dúvida é se a solução técnica prevista resolverá ou não o problema de condensação".

Para ajudar a tirar esta dúvida, o município solicitou ajuda ao Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC).

"Queremos ter uma opinião técnica, no sentido de nos dizerem se a solução desenhada, contratualizada, é a idónea para a resolução do problema da humidade e se é, ao mesmo tempo, ambientalmente adequada", afirmou.

Ou seja, acrescentou, "não só resolve o problema da questão da humidade mas também não provoca ruído desproporcionado".

E depois, segundo Nuno Vaz, é preciso saber também, se a solução é a adequada do ponto de vista energético. "Sabemos que é uma solução de extração mecânica, mas não sabemos qual o custo que tem em termos de fatura energética e esse é um aspeto relevante", sublinhou.

O projeto prevê a reativação do sistema hidráulico de abastecimento de águas termais, condutas, tanques e piscinas.

No interior do edifício, a intervenção prevê a colocação de maquetes com a reconstituição das ruínas, uma mesa tátil interativa e exposição de artefactos, dando a conhecer a evolução e as vicissitudes do local, desde a construção do primeiro balneário até à atualidade.

Este monumento ficou "congelado no tempo", depois de um sismo que há cerca de 17 séculos provocou a derrocada do edifício das termas romanas na zona onde é hoje Chaves.



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