A necessidade de se melhorar a travessia rodoviária entre as duas margens do rio Corgo, especialmente a que se processa através da Ponte Metálica, levou o Município de Vila Real a encomendar um estudo de viabilidade para construção de uma variante entre a avenida 1º de Maio e a Ponte Metálica, num investimento previsto de três milhões de euros que dará fluidez ao trânsito, anunciou o presidente.

A construção de um viaduto em estrutura mista, destinado à função rodoviária, ciclável e pedonal permitirá anular o atual constrangimento existente entre a zona da estação e a avenida 1º de Maio. Permitirá ainda otimizar o ciclo semafórico atual, através da eliminação de alguns tempos de limpeza e do consequente aumento dos tempos de verde das diversas fases em presença.

O estudo prévio da variante, atualmente em fase de desenvolvimento, aponta para uma estrutura com uma extensão de 180 metros, composto por um tabuleiro que acomodará uma faixa de rodagem de apenas um sentido (avenida/ponte metálica), passeio de ambos os lados e ainda uma faixa ciclável dedicada.



O presidente da Câmara de Vila Real, Rui Santos, explicou que a nova variante permitirá ultrapassar o atual estrangulamento existente na Rua Miguel Bombarda (entre o cruzamento da Areias e o início da ponte metálica) e “dar fluidez ao tráfego” de atravessamento entre as duas margens do rio Corgo.

“É um estrangulamento impossível de corrigir se não se derrubarem habitações. Esta solução que está a ser trabalhada e aprofundada com as Infraestruturas de Portugal (IP) permitirá, de certa forma, voltar aos dois sentidos na ponte de ferro”, explicou.

Apesar de a ponte ter dois sentidos, na Miguel Bombarda a passagem é feita de forma alternada, com o trânsito a ser regulado por semáforos.

A construção do novo acesso rodoviário tem um investimento previsto de cerca de três milhões de euros e permitirá retirar os semáforos, possibilitando a circulação contínua em ambos os sentidos.

“Estamos a aproveitar o facto de estarmos a iniciar um novo quadro comunitário”, frisou Rui Santos.


Esta solução permitirá, destacou, melhorar a mobilidade no centro da cidade.

“Estamos a tentar criar redes que permitam que, sem o atravessamento do centro da cidade, as pessoas se possam deslocar para vários pontos do concelho, evitando, assim, o afunilamento de tudo no centro da cidade”, afirmou.

Pelo que, adiantou, a câmara está ainda a preparar os estudos da variante nascente de Vila Real que vai ligar a variante da Autoestrada 4 (A4) ao Itinerário Principal 4 (IP4), permitindo “fechar a malha exterior à cidade e evitar muito do desnecessário tráfego de atravessamento”.

Por fim, o autarca disse que se está também a trabalhar no projeto da nova ponte de Piscais, na zona das Flores, criando melhores condições de conforto e segurança no atravessamento do Corgo e contribuindo para a preservação da atual ponte, onde existem também grandes dificuldades.

Esta ponte medieval, classificada como Imóvel de Interesse Público desde 1977, está a ser alvo de uma reabilitação no âmbito do projeto “Vila Real Medieval: Roteiros e Circuitos do Património”.


“Mas a solução de construir uma ponte ao lado permitirá que haja mais uma zona de atravessamento do rio Corgo, preservando a ponte de Piscais”, apontou.

Relativamente à mobilidade, Rui Santos disse que todas as intervenções realizadas no âmbito do Plano Estratégico de Desenvolvimento Urbano (PEDU) de Vila Real, que teve um investimento de cerca de 17,5 milhões de euros, terão de estar concluídas até ao final deste ano.

“Aproveitamos para fazer a requalificação de cerca de 50 ruas no centro da cidade, não só a requalificação estética, mas também de alteração das infraestruturas. Para que a cidade possa ser vivida por todos”, frisou.

Até ao final do ano, apontou, serão também inaugurados o Centro Regional de Proteção Civil, a Central do Biel, bem como o pavilhão desportivo da Diogo Cão.

Com Lusa


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