A Câmara Municipal de Carrazeda de Ansiães vai devolver à Banca mais de um milhão de euros, provenientes de dois empréstimos. O objectivo é desaparecer da lista recentemente divulgada pela Direcção-Geral da Administração Local, que colocava a autarquia de Carrazeda na lista dos 57 municípios, ao nível nacional, impedidos de recorrer ao crédito bancário, por excesso de endividamento durante o ano passado.

\"Queremos deixar de pertencer a essa lista, pois estamos lá indevidamente\", garantiu, ao JN, o presidente da Câmara local, Eugénio de Castro.

Em reunião da autarquia foi decidido \"devolver à Banca\" aquele montante, já que \"não se perspectiva, a curto prazo, a sua utilização para os fins a que estava destinado\".

Tratava-se da revitalização das termas de S. Lourenço, cujo processo continua muito atrasado.

Dois empréstimos

Eugénio de Castro explica que a autarquia tinha contraído dois empréstimos, há cerca de cinco anos e em bancos diferentes, que somados ascendiam a mais de um milhão de euros. Apenas um deles tinha sido parcialmente utilizado.

Por causa de \"um litígio quanto ao levantamento de verbas, relacionado com prazos\", a Câmara decidiu cortar relações com um dos bancos, cujo nome o presidente não quis revelar, e mandou levantar todo o dinheiro para o depositar numa conta da Caixa Geral de Depósitos.

\"Como levantámos toda aquela verba - cerca de um milhão de euros - contou como novo endividamento, que na verdade não foi concretizado\", realçou, ao JN, o autarca.

Longe dos limites

Certo é que os movimentos acabaram por incluir o município de Carrazeda de Ansiães na lista negra que a Direcção-Geral da Administração Local elaborou, impedindo-o de aceder a novos empréstimos, salvo para investir em habitação social ou para financiar projectos comparticipados por fundos comunitários.

Eugénio de Castro garante que o município não precisa neste momento de recorrer ao crédito bancário e, como tal, o impedimento imposto pelo Governo não o afecta.

Por outro lado, assegura que a autarquia \"está muito longe de atingir os limites de endividamento previsto por lei\".



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