Há vários anos, a Câmara de Montalegre, então liderada pelo social-democrata Carvalho de Moura, expropriou parte de um terreno à Cooperativa Agrícola para proceder ao actual loteamento da Corujeira. A parcela em causa ocupava cerca de 1.134 metros quadrados.

No entanto, até há pouco tempo, a Cooperativa e a Câmara ainda nunca tinham chegado a acordo sobre a indemnização a conceder pelo terreno. A solução foi encontrada na penúltima reunião de Câmara, com a aprovação do requerimento em que o presidente da Cooperativa, José Justo, pediu à autarquia uma indemnização no valor de 50 mil euros. Mas deparou-se com o voto contra da vereadora do PSD. Guilhermina Costa argumenta que o preço por metro quadrado, cerca de 50 euros, é \"excessivo\" e \"está muito acima daquilo que a Câmara tem pago em aquisições recentes\". O valor mais alto pago pela actual Câmara em expropriações não tem ultrapassado os 25 euros (cinco mil escudos).

A vereadora argumenta também que a Cooperativa já foi beneficiada pelo facto da outra parte do terreno ter sido favorecida com as infra-estruturas realizadas pela Câmara durante a operação de loteamento. Um argumento que o presidente da Câmara, Fernando Rodrigues, rebate, pois assegura que se a Cooperativa quiser construir nesse mesmo terreno terá que pagar à autarquia as devidas taxas urbanísticas.

Além disso, o autarca considera que o valor da proposta de José Justo \"é aceitável\",\"tendo em conta a área ocupada e já vendida pela Câmara, mas também toda a colaboração da Cooperativa\" e o facto desta ser \"uma instituição sem fins lucrativos e de apoio à lavoura\".



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