O presidente da Câmara Municipal de Vila Real, Manuel Martins, tenciona transformar uma antiga pedreira num aterro. Através de um plano de recuperação ambiental da zona, os entulhos recolhidos deverão ser colocados na cratera da pedreira. Uma proposta que, segundo o autarca, só poderá ser concretizada com a «conjugação de esforços» do município, de um empresário de extracção de granitos e da empresa que recolhe os resíduos sólidos do concelho.
Manuel Martins pretende criar um espaço onde os empresários da construção civil e os particulares possam despejar os entulhos resultantes de demolições e obras, «em vez de os despejarem pelas matas do concelho». Além disso, acrescenta, «resolvem-se dois problemas: a recuperação ambiental das pedreiras e a limpeza dos lixos e entulhos que estão espalhados por alguns locais do concelho, inclusive junto às estradas».
Apesar de ainda não haver uma data prevista para o aterro entrar em funcionamento, o autarca garante que nessa altura, quando os empresários da construção civil quiserem adquirir licenças de construção, terão de garantir o transporte, no final das obras, de todo o entulho para o novo espaço.
A fiscalização e o controlo da situação das pedreiras e do funcionamento deste aterro caberão às Equipas de Protecção da Natureza e Ambiente da Guarda Nacional Republicana.
Manuel Martins esclarece desde já que este aterro servirá apenas o concelho de Vila Real, pois caso permitisse que outros municípios colocassem ali os seus entulhos «este depressa se esgotaria». Assim, o autarca acredita que o aterro servirá o concelho vila-realense durante uma década.
Se este projecto, «pioneiro na zona norte do país», tiver «sucesso», Manuel Martins vai pedir «o aval e o apoio do Estado». Além disso, outras pedreiras do concelho poderão, mais tarde, após o fim da extracção, transformarem-se também em aterros de inertes.