As câmara de Miranda do Douro e de Mogadouro, no distrito de Bragança, estão hoje a ser alvo de buscas por parte da Polícia Judiciária (PJ) no âmbito da operação Gota d’Água, confirmaram à Lusa as duas autarquias.
O município de Miranda Douro liderado pela social-democrata, Helena Barril, confirmou a presença dos inspetores da PJ no setor das águas e saneamento, adiantando desconhecer o teor da operação levada a cabo.
Em Mogadouro, o presidente da câmara António Pimentel (PSD) disse que os inspetores da PJ estiveram no município e tiveram contacto com colaboradores da autarquia pertencentes ao setor das águas.
Também no distrito de Bragança as câmara municipais de Vila Flor e de Mirandela confirmaram estar a ser hoje alvo de buscas da PJ no âmbito da operação Gota d’Água.
A PJ de Vila Real anunciou hoje a detenção de 20 pessoas e a realização de 60 buscas a entidades públicas e privadas, no âmbito de uma investigação por falsificação de análises de água destinada ao consumo humano.
Em comunicado, a PJ referiu que “procedeu à realização de 60 buscas domiciliárias e não domiciliárias, que visaram diversos particulares, empresas e entidades públicas sitas em diferentes concelhos do território nacional, designadamente em Aveiro, Braga, Bragança, Coimbra, Guarda, Lisboa, Porto, Vila Real e Viseu”.
A Operação Gota D’água “tem por objeto a atividade fraudulenta de um laboratório responsável pela colheita e análise de águas destinadas a consumo humano, águas residuais, águas balneares, piscinas, captações, ribeiras, furos e poços, estando em causa crimes de abuso de poder, falsidade informática, falsificação de documento agravado, associação criminosa, prevaricação, propagação de doença e falsificação de receituário", acrescentou a polícia.