Um camião vai percorrer as aldeias e a vila de Mesão Frio, no domingo, para levar música itinerante à porta das casas dos moradores do concelho e quebrar o isolamento provocado pela covid-19, anunciou hoje a autarquia.
O presidente da Câmara de Mesão Frio, Alberto Pereira, disse à agência Lusa que o objetivo da iniciativa de “animação itinerante” é “combater um pouco o isolamento” a que a população tem estado obrigada nestes últimos dois meses por causa da pandemia de covid-19.
A ideia é, frisou, que os residentes se divirtam sem sair de casa.
“No próximo domingo, vamos levar até às casas das pessoas um pouco de música e de animação. A bordo do camião segue uma animadora a tocar e a cantar”, salientou o autarca.
O veículo estará sempre em andamento durante a tarde de domingo e o desafio é que as pessoas venham às janelas, varandas e entradas, mas sem saírem das suas casas.
“É também uma forma de interagir com as pessoas, principalmente os mais idosos, que estão há dois meses confinados”, afirmou.
O camião vai passar pelas aldeias das freguesias de Barqueiros, Oliveira, Cidadelhe, Vila Marim, Mesão Frio - Santo André.
A iniciativa do município conta com a parceria do Contrato Local de Desenvolvimento Social (CLDS) 4G “Porta D’Ouro”.
Na segunda-feira arranca a segunda fase do plano de desconfinamento anunciado pelo Governo, que inclui a reabertura das escolas para os alunos do 11.º e 12.º anos, bem como para os alunos do 2.º e 3.º ano dos cursos profissionais.
Alberto Pereira disse que o município vai distribuir uma máscara comunitária a cada aluno que regresse à escola nesse dia, bem como será dada uma refeição, a meio da manhã, aos estudantes e professores para que não tenham que sair das salas de aula.
Esta iniciativa irá decorrer até ao final do ano letivo.
Neste município, as máscaras sociais estão a ser feitas por Rosa Marques, que está a costurar em sua casa para a autarquia depois de entrar em regime de trabalho domiciliário devido à pandemia.
Segundo a Câmara de Mesão Frio, as máscaras destinam-se para a proteção individual de todos os seus colaboradores, dos grupos de risco, particularmente pessoas com mais de 65 anos, com doenças crónicas e em estados de imunossupressão e, agora, dos estudantes.