António Ribeiro Teixeira, serralheiro de profissão, entregou a azeitona da sua colheita ao lagar de José Moutinho. Em situações normais, o serralheiro levantaria o seu azeite logo que este estivesse pronto. No entanto, foi impossibilitado de levar o resultado da sua colheita pelo proprietário do lagar. Isto porque, segundo José Moutinho, "o senhor Teixeira tem lá uma porta minha desde Novembro para arranjar e nunca mais ma devolve". Desta forma, o proprietário do lagar utiliza o azeite como garantia, porque, segundo ele, "só assim conseguirei ter a minha porta de volta.". Por sua vez, António Teixeira acha injusto ser privado do resultado da sua colheita e recusa sujeitar-se à "ameaça" de José Moutinho. "A porta ainda não foi arranjada devido a muitos problemas que tenho acumulado, e acho que uma coisa não tem nada a ver com a outra", explicou o serralheiro.
O entendimento entre os dois homens tarda em acontecer. Entretanto, José Moutinho continua sem a sua porta e António Teixeira sem o seu azeite, até que um deles ceda.