O candidato do PSD à Câmara de Sabrosa, Mário Varela, quer recuperar para o partido o município perdido em 2005 e aponta como prioridades o turismo, a descida do preço da água e captar pessoas para o concelho.
Mário Augusto Varela tem 52 anos, é empresário, presidente da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Sabrosa, pertence aos órgãos sociais da Santa Casa da Misericórdia do concelho e foi deputado na Assembleia Municipal eleito pelo PSD (2005-2009).
O candidato quer recuperar a câmara perdida pelo PSD em 2005 para a então lista de independentes liderada por José Marques e apontou um conjunto de questões “fulcrais” para o concelho, como a aposta no turismo, que passa também pela reabertura do hotel fechado na sede de concelho, por uma melhor ligação à Autoestrada 4 (A4), em Lamares, por ajudar a remodelar e ampliar o quartel dos bombeiros de Provesende e pela descida do preço da água.
Mário Varela defendeu que a câmara não pode continuar a ser “um mero centro de especulação imobiliária” e criticou o tempo que demorou a expansão da zona industrial, o que considerou ser “um crime de lesa-pátria” porque a falta de terrenos levou empresas para outros concelhos.
É, na sua opinião, estratégico captar pessoas para o concelho, apontando a necessidade de inverter o despovoamento e a vontade de criar urbanizações a custos controlados para atrair, nomeadamente, residentes no município vizinho de Vila Real.
Destacou também o aumento da fatura da água em “cerca de 300%” com a integração na empresa Águas do Interior Norte (AdIN) e comprometeu-se, se for eleito, a “tudo fazer” para descer o preço.
Salientou que uma das primeiras medidas que irá tomar é “acabar com as viaturas de serviço para uso pessoal dos atuais presidente, vice-presidente e vereador”, questionando a legalidade desta medida.
O executivo municipal de Sabrosa é composto por três eleitos do PS e dois do PSD. O atual presidente Domingos Carvas não se recandidata a um segundo mandato e o candidato pelo PSD em 2013 e 2017, António Araújo, pretende concorrer em 2021 como independente.
Mário Varela, militante social-democrata há 25 anos, criticou o desempenho de António Araújo enquanto vereador pela oposição, considerando que “não contribuiu nada para a apresentação de propostas alternativas” ao modelo de gestão socialista e que tem sido “manipulado pelo atual presidente da câmara”.
“O senhor Domingos Carvas lançou esse pivot de forma a gerir a autarquia não com três vereadores, mas com cinco, o que tem conduzido ao atual estado de coisas em termos políticos”, frisou.
Helena Lapa encabeça a lista pelo PS, Eduardo Mesquita lidera a lista de independentes apoiada pelo CDS-PP, António Araújo pretende candidata-se como independente e José Veiga é a aposta da CDU. O concelho tem à volta de 6.000 eleitores.
As eleições autárquicas têm de ser marcadas pelo Governo entre 22 de setembro e 14 de outubro.
Fotografia: CES