O salão paroquial de Macedo de Cavaleiros cantou os Reis, no passado dia 11 de Janeiro. As 250 cadeiras que foram distribuídas no salão não foram suficientes para albergar todos os que ali acorreram para ouvir os cânticos que, nesta altura do ano, são tradicionais.

Muitos foram os que de pé, preencheram os espaços, para isso contribuiu o facto de a Câmara Municipal ter disponibilizado um autocarro que, para além de alguns cantadores e tocadores também trouxe acompanhantes.
No espectáculo participaram 14 grupos, dois da sede de concelho, o Grupo Cultural e recreativo da casa do Povo, e um grupo do Centro Social D. Abílio Vaz das Neves, para além destes 11 freguesias se fizeram representar. Arcas, Carrapatas, Chacim, Cortiços, Grijó, Lagoa, Mogrão, Morais, Vale da Porca, Vilarinho de Agrochão e Vilarinho do Monte.
E porque o cantar os Reis, é de cantar que se trata, dois dos grupos prescindiram de qualquer outro instrumento e, em coro de vozes, não deixaram créditos por mãos alheias, tendo colhido toda a atenção dos presentes. Para além do Grupo da Casa do Povo de Macedo de Cavaleiros, que nestas coisas, e não só, já são profissionais, não consta que outros tivessem mais repertório ensaiado do que as circunstâncias de quem encara a vida, também, com alegria, proporciona, contudo, os resultados arrebataram o público e a organização. Esta tinha previsto um júri, que atribuiria prémios e destacaria os mais eficazes. Mas visto o desempenho de todos, não houve uns mais vencedores que outros, e a todos foi distribuído uma recordação, por pessoa, e por grupo, pois que assim já é mote para o grupo não parar de cantar.
E não se pense que quem ouviu um cantador de Reis, os ouviu a todos, que estas coisas, afinal, também são como nós: todos iguais todos diferentes. A atestá-lo, não só o facto de uns cantarem com acompanhamento de instrumentos e outros darem mais importância à voz, como já aqui se disse, mas também porque as músicas e letras vão variando, como variam de lugar para lugar os cantadores. E para que as diferenças não se quedem por aqui, o grupo de Vilarinho do Monte apareceu equipado a preceito com uns chapéus de colmo, não fossem estas coisas tidas de relento de tempos frios e húmidos...



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Caracas, Venezuela