A administração do Hospital Distrital de Mirandela (HDM) lamenta a qualidade do serviço prestado aos utentes que na passada quarta-feira procuraram o serviço de urgência daquele hospital.

A forte afluência de doentes, aliada à ausência de um médico escalado para aquele dia, entupiu o serviço, gerando queixas da parte dos utentes.
Dezenas de pessoas indignaram-se com as demoras do atendimento, que chegaram a atingir 10 horas. A situação leva o administrador do HDM, Guedes Marques, a pedir desculpas. "Foi um caso pontual em que houve mais afluência do que é normal. O facto de só podermos ter contado com um médico agravou as condições de atendimento, pelo que temos de apresentar as nossas desculpas às pessoas".
A situação só foi normalizada ao final da tarde com a colocação de mais um médico no serviço. No dia seguinte, o serviço de urgência funcionou normalmente, mas as causas da ausência de um médico, na passada quarta-feira, continuam por explicar. "O médico não teve disponibilidade tal como nós queríamos", reconheceu Guedes Marques sem adiantar mais pormenores.
O responsável garante que estão a ser tomadas medidas para evitar situações do género, até porque a falta de médicos acentua-se na unidade hospitalar mirandelense.
Ao que o Jornal NORDESTE apurou junto de fonte credível, há algumas semanas que o HDM se debate com dificuldades no serviço de urgência, fruto da saída de três médicos que asseguravam a triagem dos doentes. Estes clínicos encaminhavam os utentes para as especialidades e atendiam os casos mais simples. A saída dos três médicos ainda não se tinha reflectido na qualidade do atendimento, mas a forte afluência de doentes registada naquele dia deixou transparecer as fragilidades do serviço.



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