A iniciativa Vila Real - Capital da Cultura do Eixo Atlântico - arranca oficialmente na quinta-feira com um concerto da Orquestra Gulbenkian e prevê a realização de 120 eventos de teatro, música, cinema ou literatura entre maio e junho.

As cidades de Vila Real e de Matosinhos partilham este ano o estatuto de Capital da Cultura do Eixo Atlântico e vão unir-se sob o mote “Do Douro ao Atlântico”.

A programação estende-se até outubro, mas a Câmara de Vila Real optou por apresentar hoje a agenda para os dois primeiros meses, maio e junho, que inclui a realização de 120 eventos, a decorrer em 19 locais da cidade e que envolve mais de 30 entidades públicas e privadas.

A vereadora do pelouro da cultura, Eugénia Almeida, afirmou que a Capital da Cultura do Eixo Atlântico é uma oportunidade para a promoção da região, para atrair mais visitantes e divulgar a atividade cultural que já é feita neste território.

A programação de Vila Real abre na quinta-feira com a Orquestra Gulbenkian, num espetáculo que conta com a participação de Mário Laginha.

No mesmo dia é inaugurada a XI Bienal de Pintura do Eixo Atlântico e realiza-se uma evocação do escritor Trindade Coelho.

A banda “Os Deolinda”, duas formações da Casa da Música (Orquestra Sinfónica do Porto e Orquestra Barroca), além das peças “O Misantropo” e “Ensaio Sobre a Cegueira”, constituem outros destaques do período inicial da programação.

A vereadora referiu ainda o encontro de música e artes cénicas, que reúne as seis universidades públicas do Norte e da Galiza, e o projeto luso-galaico “Cultura que une”, com atividades artísticas, literárias e gastronómicas.

Este é o ano em que se assinala o 15.º aniversário da elevação do Douro a Património Mundial da Humanidade e em que se festejam os 260 anos da Região Demarcada do Douro e, é por isso, que a “simbologia do vinho” surge como uma oportunidade de se “brindar à cultura”.

Por isso mesmo haverá ainda iniciativas à volta do vinho, como o congresso internacional Infowine.forum.2016.

As Festas da Cidade e o Circuito Internacional de Vila Real são também mote para algumas manifestações culturais.

O programa integra protagonistas de ambos os lados desta eurorregião, cumprindo assim o objetivo principal de “celebrar a cultura e a criação produzida em diferentes cidades” galegas e portuguesas.

Na Capital da Cultura estão integrados equipamentos e serviços municipais como a biblioteca, o grémio, os museus, o teatro, o arquivo e o pelouro do turismo, mas também instituições a universidade, o conservatório, o Club, a Zona Livre, a Traga-Mundos ou o centro cultural regional.

Produtores locais como a “Covilhete na Mão”, a “Shortcutz”, a “Transa” e várias associações do concelho dão também o seu contributo em áreas como a música, as exposições, o cinema, a música tradicional.

Eugénia Almeida referiu ainda que em breve vai ser submetida uma candidatura a fundos comunitários, no valor de 400 mil euros, que, se for aprovada, servirá para reforçar a programação.
Lusa



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