Os tradicionais Caretos, mascarados das Festas de Inverno transmontanas, são a fonte de inspiração para o festival de arte de rua “SM´ARTE 2019”, que irá colorir vários espaços públicos de Bragança, entre 12 e 16 de junho.
O evento repete-se há quatro anos e já colocou Bragança na plataforma mundial de arte urbana com um roteiro que totaliza cerca de 40 intervenções na cidade, a que se somarão as deste ano, como sublinhou hoje o presidente da Câmara, Hernâni Dias, na apresentação do festival.
Durante quatro dias, 14 artistas locais e convidados vão transformar paredes brancas e degradadas em obras de arte, seja através de esculturas ou pinturas, e todas as intervenções serão subordinadas à temática das festas e dos rituais de inverno de Bragança.
“Tudo o que estiver associado a esta temática, desde gaiteiros, caretos, às máscaras, o ambiente de festividade, tudo isso será o mote para esta ‘street art’”, indicou o autarca.
Entre os restantes 14 artistas que irão fazer as intervenções de arte urbana estão nomes como Fredrico Draw, Cain Ferreras, Lucky Hell e Trip Dtos.
O município é o promotor da iniciativa, realizada em parceria com várias entidades, nomeadamente escolas da cidade, e que incluiu outras atividades de animação como o ‘street food’ (comida de rua), um torneio de basquete ou um mercado de rua para troca/venda de produtos usados.
Uma peça de teatro sobre alterações climáticas a estrear no Teatro Municipal faz também parte do programa.
A escolha dos espaços para a arte de rua, como fachadas de edifícios, tem como critério a melhoria dos mesmos e tanto podem ser privados como públicos.
Este ano, um dos equipamentos escolhidos foi um posto de transformação de eletricidade, na entrada sul de Bragança.
Os ‘armários’ cinzentos de energia que se encontram espalhados pela zona histórica vão também ser coloridos pelos alunos das escolas secundária Emídio Garcia, Profissional Prática Universal e Superior de Educação de Bragança.
Nesta edição do festival, pela primeira, um grupo de dez artistas de Bragança irá fazer um trabalho coletivo na zona verde do Polis, com o mote “Todos a ferver no Fervença”, o rio que atravessa a cidade.