O presidente do Conselho Geral da Universidade de Vila Real, Silva Peneda, anunciou hoje eleições para a reitoria a 05 de julho, praticamente um ano antes do atual reitor terminar o mandato.

José Silva Peneda, presidente do Conselho Económico e Social e antigo ministro do Emprego e da Segurança Social, foi hoje eleito presidente do Conselho Geral da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD).

Trata-se de um órgão de decisão estratégica e de fiscalização e a quem cabe eleger o reitor.

E foi o próprio reitor, Carlos Sequeira, que pediu ao Conselho Geral para antecipar o calendário eleitoral, justificando com a necessidade de o ajustar, de forma a coincidir com as eleições dos outros órgãos da academia, nomeadamente o este conselho e as escolas da academia.

Sequeira sai três anos depois de ter sido eleito e praticamente um ano antes de terminar o mandato, salientando que, com esta decisão \"está a prestar um bom serviço\" à UTAD.

\"Creio que é altura de trazer sangue novo para a universidade\", frisou.

O reitor referiu ainda que \"não faria muito sentido\" ter de modificar agora, por apenas um ano, o plano estratégico que apresentou para a academia e, em relação ao qual, viu questionadas áreas que considera \"fundamentais\".

Carlos Sequeira lembrou ainda que \"sempre disse\" que se candidatava apenas a um mandato, que considerou ser \"de transição e de adaptação ao novo regime jurídico das instituições de ensino superior\".

O responsável garante que deixa a universidade \"com as contas consolidadas, saudáveis e mais coesa\".

\"Pese embora os cortes, nomeadamente da dotação transferida, conseguimos gerar receitas que cobriram a massa salarial, todas as despesas e o défice da universidade reduz-se em duas dezenas de milhares de euros\", salientou.

Ou seja, de acordo com o relatório de contas provado hoje pelo Conselho Geral, a UTAD terminou o ano com um orçamento de 43 milhões de euros, com uma transferência estatal de apenas 26 milhões de euros.

\"Vinte mil euros com oito milhões de cortes em três anos é um resultado interessante\", frisou.

Já para 2013, o reitor perspetiva um \"ano complicado\" por causa\"da indefinição\" que se instalou no Ensino Superior relativamente às dotações financeiras.

\"Há uma grande incógnita em relação a 2013. O que sabemos é que temos que trabalhar melhor, sermos mais eficientes e ter contenção\", salientou.

O novo reitor da academia transmontana será eleito a 05 de julho.



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