O Chega apresentou terça~feira como candidato à Câmara de Bragança Carlos Silvestre, que quer ser no executivo municipal o que o líder do partido, André Ventura, é no parlamento.
“Um vereador com voz que pudesse realmente ser aquilo que o André Ventura é na Assembleia” seria um bom resultado para o candidato que já foi militante do PS de Bragança e candidato pelo Aliança nas últimas Legislativas.
Carlos Silvestre diz que vai mudando à medida que acredita que pode “ser útil, aqui, ali ou além” e não para utilidade própria, mas, como afirmou, para “lutar e trabalhar pelas pessoas de Bragança”.
O PSD é poder no concelho de Bragança há 32 anos, antecedido pelo PS e pelo CDS-PP e para o candidato do Chega “tem de haver coragem para acabar com esta hegemonia, com este caminhar pelos Paços do Concelho”.
“Está na altura de haver uma voz que realmente seja oposição e possa realmente dizer aquilo que os brigantinos dizem à boca pequena, mas que depois na hora da verdade, por inúmeras coisas, não se podem dizer”, afirmou.
Para o candidato do Chega “é preciso acabar com o medo que as pessoas têm de dar a cara por coisas novas e diferentes”.
“Eu vi-me e desejei-me, quando fui candidato às Legislativas para fazer listas porque toda a gente tinha medo de dar a cara com medo de perder os empregos, com medo de virem a ter problemas, ou eles ou a família”, apontou.
Questionado sobre como correu o processo de preparação da candidatura pelo Chega, Carlos Silvestre respondeu que é “candidato independente” e que não participou no processo de elaboração das listas feito pelo partido que o convidou para cabeça de lista.
Carlos Silvestre é professor do segundo ciclo em Mirandela, tem 56 anos e é dirigente sindical.
O distrito de Bragança tem inscrito 35.722 eleitores que podem votar nas Autárquicas de 26 de setembro.
Há quatro anos, o PSD conseguiu 57% dos votos e a eleição do presidente e três vereadores e o PS ficou com os outros dois vereadores e 27% da votação.
O atual presidente social-democrata, Hernâni Dias, já anunciou que se candidata a um terceiro mandato e está também confirmada a candidatura de António Morais, pela CDU.
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