Lusa
A Assembleia Municipal de Carrazeda de Ansiães aprovou, por maioria, um orçamento de quase 26 milhões de euros, para 2025, mais 10 milhões do que no ano passado, que foi de 16 milhões de euros, informou hoje a autarquia transmontana.
São 25.978.448,40 euros, que têm como investimentos de principal o Aproveitamento Hidroagrícola da Veiga, a Estratégia Local de Habitação e a Requalificação do Balneário Termal de São Lourenço, segundo especificou o município do distrito de Bragança em comunicado.
A barragem da Veiga e respetivo empreendimento vai custar mais de 18 milhões de euros.
A construção prevê, além do armazenamento, uma rede de rega gravítica, embora com abastecimento de água sob pressão, que vai beneficiar uma área agrícola de 471 hectares, nomeadamente freguesias de Carrazeda de Ansiães, Marzagão, Seixo de Ansiães, União das Freguesias de Belver e Mogo de Malta e União das Freguesias de Lavandeira, Beira Grande e Selores.
“Constitui uma das grandes prioridades do município porque, para além de vir a constituir uma reserva estratégica de água, vai resolver um problema há muito tempo sentido pelos empresários agrícolas, a necessidade de uma solução de regadio”, explicou o presidente da câmara, João Gonçalves, citado na nota escrita enviada.
Este é um projeto há muito ansiado, acrescentou ainda o autarca, garantindo que o município tem trabalho “com resiliência e determinação" para assegurar que o projeto seja contemplado por linhas públicas de financiamento que disse serem necessárias.
Oito milhões de euros serão destinados Estratégia Local de Habitação.
O município, com ajuda de fundos comunitários, vai edificar 55 fogos habitacionais na vila sede de concelho e realizar obras de reabilitação em oito habitações sociais do Bairro dos Ferroviários, em Foz Tua.
A requalificiação das Termas de São Lourenço vai exigir um investimento de 1,6 milhões de euros.
“Este projeto, além da importância patrimonial e da relevância que possuiu para a comunidade local, representa uma forte aposta estratégica para o setor do Turismo, Saúde e Bem-estar, podendo assumir-se como um projeto-âncora, capaz de atrair outros investimentos públicos e privados”, especificou o município.
Carrazeda de Ansiães optou por continuar a devolver aos contribuintes do concelho a totalidade dos 5% a que tem direito no Imposto sobre Rendimentos Singulares (IRS) e a cobrar a taxa mínima de Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI) de 0,3%.
A Assembleia Municipal, de maioria PSD, aprovou a 29 de novembro a proposta dos documentos previsionais para o próximo ano apresentada pela câmara municipal, com 22 votos a favor e cinco abstenções da oposição constituída pelo movimento Unidos por Carrazeda de Ansiães.
“O orçamento, apesar de ser publicitado como sendo o maior de todos os tempos, a verdade é que mais do que o valor o mais importante é a taxa de execução”, explicou à Lusa Marco Azevedo, membro da oposição, na justificação para as abstenções.
Marco Azevedo afirmou que a taxa de execução orçamental “tem sido baixíssima”.
“E não temos a mínima dúvida que o mesmo acontecerá com este orçamento, que só é, no nosso ponto de vista, empolado como foi porque para o ano há eleições”, acrescentou ainda Marco Azevedo.
