As forças de segurança do distrito de Bragança voltam a ter na região um espaço de treino com a reabertura hoje da carreira de tiro da GNR destruída há quatro anos num incêndio florestal, em Macedo de Cavaleiros.

A inauguração depois da requalificação decorreu na presença de responsáveis nacionais e regionais das forças de segurança e de vários membros do Governo, nomeadamente o ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, que não quis prestar declarações à Comunicação Social.

Coube ao presidente da Câmara de Macedo de Cavaleiros, o socialista Benjamim Rodrigues, explicar a demora do processo de reconstrução da carreira de tiro, localizada na zona de Castelãos, que vai acabar com as deslocações mais longas que as forças de segurança tiverem que fazer para treinar, enquanto o equipamento esteve inutilizável.

A carreira de tiro localiza-se na zona mais central do distrito de Bragança e pertence à GNR, mas serve para treino e formação também à PSP, Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) e ASAE (Autoridade para a Segurança Alimentar e Económica.

O equipamento tinha sido inaugurado em 2009, com um custo de 150 mil euros, e agora foi necessário investir mais cerca de 100 mil para reparar os danos causados por um incêndio florestal, em setembro de 2017, e reforçar as condições de segurança.

O autarca de Macedo de Cavaleiros salientou que esta “infraestrutura é importante para o distrito, serve todas as forças de segurança, é um espaço de treino e só assim” é possível assegurar “o treino e capacidade das forças de segurança para defender os munícipes e o território”.

Segundo disse, “formalidades administrativas” fizeram arrastar o processo de reabilitação, que resulta de um protocolo entre o Ministério da Administração Interna (MAI), responsável pelo investimento, e o município, que forneceu apoio logístico.

“São projetos que são analisados, têm que voltar a ser analisados e por vezes não cumprem estritamente as necessidades deste tipo de infraestrutura. Têm que ser os técnicos da Administração Interna a visar, isto são tudo processos muito morosos”, afirmou.

As obras em si “foram curtas”, segundo o autarca, que esclareceu que já estão prontas “há mais de meio ano”, mas tinham “falhas na estrutura, no isolamento” que tiveram de ser corrigidas pelo empreiteiro.

O espaço obedece agora “a todos os requisitos de segurança”, assegurou o presidente da Câmara.

“Por um lado foi talvez oportuno o incêndio que permitiu que nós conseguíssemos refazer de base toda esta estrutura, portanto eu penso que ficamos a ganhar”, considerou.

Devido à centralidade do concelho, é em Macedo de Cavaleiros que estão baseados meios como o helicóptero do INEM (Instituto Nacional de Emergência Médica), os meios aéreos de combate a incêndios e oficinas de manutenção, concretamente no heliporto local.

É também em Macedo de Cavaleiros que fica a Base de Apoio Logístico (BAL) com os elementos que na época crítica dos fogos reforçam o efetivo e que agora funcionam no estádio municipal.

O presidente da Câmara de Macedo de Cavaleiros pediu ao ministro apoio para construir uma base com as condições necessárias e disse aos jornalistas que Eduardo Cabrita lhe confidenciou aberturas de avisos ainda possíveis para candidatar a obra.



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