A Direcção da Casa do Douro reuniu com os viticultores alijoenses, no passado dia 3 de Junho, no Teatro Auditório Municipal de Alijó, com a finalidade de apresentar algumas informações novas emanadas em reunião com a comissária europeia da agricultura.
Questões como o arranque de vinha, a destilação de excedentes ou a reorganização da atribuição do benefício terão sido abordados nessa reunião com a Sr.ª Comissária.
Depois de apresentadas as opiniões da Comissão Europeia aos viticultores, o Presidente da Casa do Douro propÎs enviar a deliberação desta reunião, assinada pelos presentes, ao Sr. Ministro da Agricultura, donde se destacam as seguintes propostas:
Tendo em atenção as possíveis consequências para a região demarcada do Douro, entende a Direcção da Casa do Douro apoiar algumas iniciativas da Comissão Europeia, desde que se salvaguarde os interesses dos viticultores durieses.
Assim, devem ser tidas em atenção as especificidades de cada região vinícola europeia. Sabendo que a vitivinicultura do douro é realizada numa zona de montanha, onde a produção é menor do que em outras regiões e mais cara, devem existir outro tipo de apoios para a manutenção dessas características.
A Casa do Douro também não defende o arranque das vinhas que se encontrem em zonas mais a norte do rio Douro e seus afluentes, nem se deve liberalizar o plantio de vinha, correndo o risco de desertificar algumas zonas que têm este tipo de cultura e deixar o caminho aberto para o desaparecimento do pequeno e médio agricultor.
Outra ideia emanada desta deliberação prende-se com a melhoria da qualidade do vinho do porto se este passar novamente a ser produzido com aguardente destilada dos excessos produzidos dos vinhos da região do Douro, ao invés do que acontece actualmente, em que são usadas aguardentes destiladas dos excessos de outras regiões vinícolas da Europa.
Também o registo cadastral é, na opinião destes dirigentes, essencial para a correcta e justa distribuição do benefício.
A aposta no associativismo como forma de criar explorações com maior dimensão e a reconversão da vinha, afiguram-se soluções viáveis para criar sustentabilidade económica para os durienses, tendo em vista a renovação dos viticultores que, de forma geral, têm mais de 60 anos.